Líderes do Congresso manifestam apoio ao plano de Obama para a Síria
Presidente dos EUA reuniu com os legisladores para explicar a sua proposta de intervenção militar.
“Eu apoio o Presidente e acredito que os meus colegas também vão apoiar o seu plano de acção. O uso de armas químicas é uma barbaridade que não pode ficar sem resposta”, declarou o speaker do Congresso, John Boehner, à saída de uma reunião com Obama na Casa Branca.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Eu apoio o Presidente e acredito que os meus colegas também vão apoiar o seu plano de acção. O uso de armas químicas é uma barbaridade que não pode ficar sem resposta”, declarou o speaker do Congresso, John Boehner, à saída de uma reunião com Obama na Casa Branca.
O líder da maioria republicana na Câmara de Representantes, Eric Cantor, confirmou a intenção de pedir à sua bancada “um voto no sentido de conceder ao Presidente dos Estados Unidos a opção de usar a força militar na Síria”, na reabertura da sessão legislativa, na próxima semana. “É no interesse da segurança dos Estados Unidos prevenir o uso de armas de destruição maciça, especialmente por um Estado terrorista como a Síria”, referiu.
No entanto, tanto Boehner como Cantor indicaram que a votação não está garantida à partida, e que cabe à Casa Branca liderar o processo, respondendo às perguntas dos legisladores e informando a opinião pública – que de acordo com as sondagens, está contra o envolvimento militar dos EUA na Síria.
A líder da minoria democrata, Nancy Pelosi, admitiu que as opiniões estão divididas, mas acrescentou que todas as informações disponíveis mostram que “a actuação de Assad desrespeita todas as normas da civilização”. “A responsabilidade do ataque com armas químicas é claramente sua, e não pode ficar impune”, considerou.
No encontro com os líderes dos dois partidos do Congresso, o Presidente repetiu que o Pentágono desenhou uma “intervenção limitada e proporcional e que não envolve a presença de soldados no teatro de guerra” para acabar com a capacidade do Exército sírio levar a cabo mais ataques com gás sarin. “Isto não tem nada a ver com o Iraque ou o Afeganistão”, insistiu.
Mas Obama foi mais longe, e desvendou que o ataque com mísseis – que podem ser lançados de porta-aviões ou com recurso à aviação – se insere numa “estratégia mais ampla” que passa pelo fortalecimento da oposição ao Presidente Bashar al-Assad e à mudança de regime na Síria.
Esta “revisão” da estratégia destina-se a vencer as resistências de alguns dos legisladores, entre os quais o veterano senador republicano do Arizona, John McCain, que pressionaram o Presidente a alargar o âmbito da missão, considerando que os Estados Unidos deveriam procurar a deposição de Bashar al-Assad e a transição para um sistema democrático.
O objectivo final, concedeu o Presidente norte-americano, é que a Síria seja capaz de se “libertar da morte e destruição de uma violenta guerra civil”.
Além de Obama, também o secretário de Estado, John Kerry, o secretário da Defesa, Chuck Hagel, e o chefe de Estado Maior das Forças Armadas, general Martin Dempsey, apresentaram os argumentos a favor de uma acção militar na Síria perante o comité de relações Exteriores do Senado.