Marcelo diz que interrupção de briefings do Governo foi prova de inteligência
O último briefing realizou-se a 13 de Agosto, antes das férias do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, e do seu secretário de Estado adjunto Pedro Lomba.
“Terem parado os briefings governamentais durante o período de Agosto foi uma prova de inteligência. Para quê darmos um tiro no pé todas as semanas nós, para além dos tiros que recebemos dos adversários ? Não vale a pena”, afirmou o antigo líder social-democrata, durante a aula que deu esta tarde na Universidade de Verão do PSD, quando falava da necessidade de ajustamento aos novos desafios e à necessidade permanente de adaptação que os partidos e sindicatos devem ter.
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“Terem parado os briefings governamentais durante o período de Agosto foi uma prova de inteligência. Para quê darmos um tiro no pé todas as semanas nós, para além dos tiros que recebemos dos adversários ? Não vale a pena”, afirmou o antigo líder social-democrata, durante a aula que deu esta tarde na Universidade de Verão do PSD, quando falava da necessidade de ajustamento aos novos desafios e à necessidade permanente de adaptação que os partidos e sindicatos devem ter.
Admitindo que a realização de briefings governamentais era uma ideia bem-intencionada e uma forma de “responder aos tiros dos adversários”, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que o problema é que algumas das “balas” acabavam por atingir o próprio Governo.
“Na refrega, algumas das nossas balas acertavam no nosso corpo”, disse.
Os briefings do Governo começaram por ser diários, arrancando a 1 de Julho, foram suspensos dois dias depois, após a crise política provocada pelas demissões de Vítor Gaspar e de Paulo Portas, e retomados no final de julho, tendo sido anunciado que teriam a forma de bissemanais durante o mês de agosto. No total, realizaram-se seis encontros do Governo com a imprensa.
Nesse último encontro com a comunicação social, Poiares Maduro anunciou que o Governo iria reflectir sobre o modelo dos briefings com a imprensa e que deveria alterá-lo.
“Como não quero que o próprio meio, o próprio instrumento, se transforme numa fonte de ruído que afecte a finalidade que nós queremos atingir - que é a de uma comunicação regular, transparente, de disponibilização de informação à comunicação social e aos cidadãos -, iremos pensar como melhor evoluir, eventualmente de forma mais progressiva, eventualmente com uma regularidade diferente, eventualmente com um formato ligeiramente alterado”, afirmou na altura o ministro adjunto.