Catarina Martins diz que Constituição é “alvo a abater” para PM

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Catarina Martins foi entrevistada por João Adelino Faria Pedro Cunha/Arquivo

"Pedro Passos Coelho decidiu que a Constituição era um alvo a abater, muito embora não tenha sufragado esse programa e não tenha sequer maioria para o fazer. É assim a democracia. Para alterar a Constituição é preciso ter dois terços dos deputados", afirmou a deputada bloquista.

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"Pedro Passos Coelho decidiu que a Constituição era um alvo a abater, muito embora não tenha sufragado esse programa e não tenha sequer maioria para o fazer. É assim a democracia. Para alterar a Constituição é preciso ter dois terços dos deputados", afirmou a deputada bloquista.

Na abertura do Fórum Socialismo2013, no auditório Escola Secundária de Camões, Lisboa, a dirigente do BE sublinhou que Passos Coelho "não tem essa legitimidade política porque não levou esse programa a votos, mas também não tem esse poder na Assembleia da República de alterar a Constituição.

"Ainda assim insiste e é sempre sobre estas duas medidas - desvalorização salarial por via dos cortes dos salários e das pensões e precarização do trabalho", afirmou, citando o recente terceiro "chumbo" a medidas governamentais por parte do Tribunal Constitucional e as notícias de manipulação de dados fornecidos ao Fundo Monetário Internacional.

Segundo a parlamentar bloquista, "65 por cento das pessoas que estão a trabalhar têm os salários congelados e, portanto, a verdade é que 92 por cento das pessoas que hoje trabalham em Portugal têm menos salário, por via do congelamento ou da baixa do salário", disse, classificando-o como um "tremendo roubo".