Peritos da ONU terminaram missão na Síria

Espera-se relatório preliminar no sábado, mas Nações Unidas sublinham que resultados concretos demorarão mais tempo

Foto
Um membro da equipa de ONU a investigar um dos locais de ataque químico nos arredores de Damasco AMMAR AL-ARBINI/AFP

Deixaram, por duas vezes, a garagem do hotel onde estão e onde está também a maioria dos jornalistas estrangeiros em Damasco. Pareciam estar prestes a sair. Mas de ambas as vezes voltaram para trás. Talvez tivessem planos para voltar a alguns dos subúrbios da capital que estão nas mãos dos combatentes rebeldes, mas havia muitos bombardeamentos nessas zonas, especulava ontem o jornalista da BBC Jeremy Bowen.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Deixaram, por duas vezes, a garagem do hotel onde estão e onde está também a maioria dos jornalistas estrangeiros em Damasco. Pareciam estar prestes a sair. Mas de ambas as vezes voltaram para trás. Talvez tivessem planos para voltar a alguns dos subúrbios da capital que estão nas mãos dos combatentes rebeldes, mas havia muitos bombardeamentos nessas zonas, especulava ontem o jornalista da BBC Jeremy Bowen.

Damasco demorou meses a autorizar a missão dos peritos, e confinou-os a apenas três locais. Agora, um porta-voz da ONU disse que os inspectores regressarão ainda ao terreno para investigar outros ataques, embora não tenha dado mais detalhes sobre quando acontecerá isso.

A missão dos peritos não é dizer quem usou as armas químicas, mas sim verificar se foram usadas e, se sim, de que tipo eram. Rebeldes e regime têm trocado acusações sobre quem tem sido o autor dos ataques químicos. Os inspectores estão sob grande pressão, e no primeiro dia chegaram mesmo a ficar sob fogo de snipers. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tem pedido a que não haja uma acção militar contra a Síria antes de serem conhecidos os resultados da investigação.

A equipa regressa este sábado e esperava-se que reportasse logo a Ban, mas ontem a ONU veio dizer que não se sabe ainda quanto tempo demorarão os peritos a ter todos os resultados de análises das amostras que recolheram.