Protagonista da série Prison Break revela ser gay ao recusar ida à Rússia
Wentworth Miller declinou convite para participar num festival de cinema em São Petersburgo. Em causa está a lei "contra a propaganda da sexualidade não tradicional", aprovada por Moscovo.
“Obrigado pelo vosso gentil convite. Como alguém que gostou de visitar a Rússia no passado e pode até reivindicar um grau de ascendência russa, eu adoraria dizer que sim. No entanto, como homem gay, devo recusar”, escreveu o actor de 41 anos. A carta foi publicada na página de Internet da organização americana GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), que luta pelos direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais.
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“Obrigado pelo vosso gentil convite. Como alguém que gostou de visitar a Rússia no passado e pode até reivindicar um grau de ascendência russa, eu adoraria dizer que sim. No entanto, como homem gay, devo recusar”, escreveu o actor de 41 anos. A carta foi publicada na página de Internet da organização americana GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), que luta pelos direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais.
Miller, que interpretou o fugitivo Michael Scofield na série da Fox Prison Break, entre 2005 e 2009, tinha sido contactado pela directora do festival, Maria Averbakh, para ser “convidado de honra”.
Na carta em que declinou o convite, mostrou-se “profundamente perturbado” pelo tratamento dado pelo governo russo a homens e mulheres homossexuais. “A situação não é aceitável e eu não posso participar num festival organizado por um país onde pessoas como eu vêem negados os seus direitos de viver e amar abertamente”, escreveu.
A Rússia aprovou recentemente uma lei que pune a “propaganda da sexualidade não-tradicional” que vise menores de 18 anos e proíbe a adopção de crianças por casais do mesmo sexo, além de impor multas para quem promover desfiles de orgulho gay.
Esta lei, publicada em Junho, tem sido alvo de protestos, e foi mesmo criticada por Barack Obama. No início de Agosto, o actor britânico Stephen Fry pediu ao Comité Olímpico Internacional (COI) que retire a organização dos Jogos de Inverno à Rússia, comparando este país à Alemanha de Hitler.