UE aprova suspensão da venda de armas ao Egipto

Vinte e Oito vão reexaminar ajuda destinada ao Cairo

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Os chefes da diplomacia dos Vinte e OIto juntaram-se em Bruxelas para avaliar a crise no Egipto François Lenoir/Reuters

A decisão foi tomada numa reunião em Bruxelas, durante a qual os Vinte e Oito discutiram a violência usada pelas forças de segurança egípcia contra os apoiantes do Presidente deposto, Mohamed Morsi, alvo de forte contestação por parte da maioria dos Estados-membros.

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A decisão foi tomada numa reunião em Bruxelas, durante a qual os Vinte e Oito discutiram a violência usada pelas forças de segurança egípcia contra os apoiantes do Presidente deposto, Mohamed Morsi, alvo de forte contestação por parte da maioria dos Estados-membros.

A maioria dos países europeus tinha já suspendido os contratos de venda de armas ao Egipto, mas alguns Estados, como era o caso da Holanda, defendiam que se deveria ir mais longe, cortando os apoios fornecidos ao país. Outros argumentavam que a medida seria contraproducente já que, ao contrário dos Estados Unidos, a maioria das ajudas europeias são destinadas a projectos de cooperação e ao combate à pobreza.

Os países da UE “chegaram a acordo para suspender as licenças de exportação para equipamentos que possam ser utilizados no quadro da repressão interna”, lê-se no comunicado final da reunião, acrescentando que no domínio da ajuda financeira “a situação vai ser reexaminada”.

Apesar de condenar a violência – que segundo os números mais recentes provocou quase 900 mortos em apenas uma semana –, a UE quis assegurar que continua a ter espaço para servir de mediador na crise egípcia. São, por isso, prudentes as palavras deixadas por Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, no final do encontro: “Quisemos afirmar o nosso apoio ao povo do Egipto, que é um parceiro essencial. Condenamos com firmeza todos os actos de violência e acreditamos que as acções recentemente desencadeadas pelos militares foram desproporcionadas”.