FARC lamentam "dor profunda" provocada pelos seus guerrilheiros
Terceira ronda de negociações de paz entre o Governo de Bogotá e o grupo marxista-leninista avança em Havana.
Foi a primeira vez que os combatentes marxista-leninistas admitiram a sua quota de responsabilidade pelos milhares de vítimas do conflito armado – segundo estimativas do Centro Nacional de Memória Histórica, os 54 anos de guerrilha fizeram 220 mil mortos, 25 mil desaparecidos e mais de 4,7 milhões de refugiados.
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Foi a primeira vez que os combatentes marxista-leninistas admitiram a sua quota de responsabilidade pelos milhares de vítimas do conflito armado – segundo estimativas do Centro Nacional de Memória Histórica, os 54 anos de guerrilha fizeram 220 mil mortos, 25 mil desaparecidos e mais de 4,7 milhões de refugiados.
“Devemos reconhecer a necessidade de discutir a questão das vítimas, a sua identificação e a reparação [às suas famílias] com toda a lealdade, com o objectivo de alcançar a paz e a reconciliação”, disse Jorge Torres Victoria, o chefe do Bloco Ocidental das FARC e conhecido pela alcunha Pablo Catatumbo.
Depois de um curto intervalo de uma semana, as duas delegações retomaram esta semana as negociações de paz, que arrancaram em Novembro de 2012. Tanto o Governo como os representantes das FARC admitirem estar próximos de um acordo que contempla a eventual participação dos rebeldes no processo político do país.
À entrada para a terceira ronda de conversações, Catatumbo explicou aos jornalistas que o objectivo era encontrar um consenso “que inclua a obrigação de ambas as partes a um perdão colectivo, para que quando for alcançada a paz definitiva todos estejam comprometidos com um ‘nunca mais’”.