Faltam quase mil funcionários nas escolas do Norte

Este défice não significa que todas as escolas tenham falta de funcionários

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Professores no estrangeiro estão dispostos a fazer uma nova greve. Enric Vives Rubio

As escolas e agrupamentos do Norte do país receberam uma informação da DREN indicando se tinham funcionários em excesso ou em falta. Em declarações à Lusa, Filinto Lima, da Associação dos Directores de Agrupamentos de Escolas (ADAE), diz que as contas da DREN deram que “faltavam 830 assistentes operacionais e cerca de 80 assistentes técnicos”. No entanto, este défice não significa que todas as escolas tenham falta de funcionários.

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As escolas e agrupamentos do Norte do país receberam uma informação da DREN indicando se tinham funcionários em excesso ou em falta. Em declarações à Lusa, Filinto Lima, da Associação dos Directores de Agrupamentos de Escolas (ADAE), diz que as contas da DREN deram que “faltavam 830 assistentes operacionais e cerca de 80 assistentes técnicos”. No entanto, este défice não significa que todas as escolas tenham falta de funcionários.

Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), deu dois exemplos problemáticos: “Há um agrupamento de escolas em Lamego onde a DREN considera existirem cerca de 40 funcionários a mais e outro, em Moimenta da Beira, onde as contas deram 63 funcionários excedentários”.

Os directores escolares tinham até à passada sexta-feira a tarefa de enviar os nomes de quem deveria ser transferido. Manuel Pereira recorda que nas escolas situadas em zonas pouco populosas é difícil perceber para onde será transferido o pessoal em excesso.

Recordando que este é um período de férias em que as escolas têm pouca gente a trabalhar, os directores pediram o prolongamento do prazo, lamentando o timing” para aplicar a medida.

“Deram muito pouco tempo, até porque esta medida requer a audição dos funcionários e um dos primeiros critérios é ser voluntário”, lamentou Filinto Lima, admitindo que no seu caso o processo ficou concluído porque tinha apenas um funcionário excedentário e conseguiu contactar um trabalhador que estava de férias e que aceitou voluntariamente sair da escola. Mas “muita gente não teve tempo para fazer esse serviço”, sublinhou o vice-presidente da ADAE.

O objectivo é redistribuir auxiliares e funcionários administrativos consoante as necessidades de cada estabelecimento de ensino, mas este é um “procedimento que só começou no Norte”. Filinto Lima diz ter conversado com colegas do Centro e Sul onde não chegou qualquer indicação da Direcção Regional de Educação.

A Lusa contactou o gabinete de imprensa do Ministério da Educação e Ciência (MEC) mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

Filinto Lima tem dúvidas de que seja possível encontrar nas escolas os mais de 800 funcionários em falta, uma vez que ninguém pode ser transferido compulsivamente para uma escola a mais de 30 quilómetros da sua: “Não vamos ter nem um décimo dos funcionários que precisamos e a solução terá de passar por ir recrutar pessoas ao Centro de Emprego, como temos vindo a fazer nos últimos anos”, explicou Filinto.