Quintero saiu do banco para abrir o caminho de uma vitória difícil
O colombiano marcou no triunfo (1-3) sobre um V. Setúbal que jogou com menos um quase toda a segunda parte.
Depois de ter conquistado a Supertaça, Paulo Fonseca voltou a escrever o seu nome na história do FC Porto ao alcançar o 1500.º triunfo da equipa no campeonato. Mas a exibição de ontem ficou muito longe daquela que rendeu o primeiro troféu frente ao V. Guimarães (3-0). Surpreendidos pelo renovado conjunto setubalense, que apresentou seis reforços no “onze”, os portistas acabaram por ser felizes na estreia na Liga.
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Depois de ter conquistado a Supertaça, Paulo Fonseca voltou a escrever o seu nome na história do FC Porto ao alcançar o 1500.º triunfo da equipa no campeonato. Mas a exibição de ontem ficou muito longe daquela que rendeu o primeiro troféu frente ao V. Guimarães (3-0). Surpreendidos pelo renovado conjunto setubalense, que apresentou seis reforços no “onze”, os portistas acabaram por ser felizes na estreia na Liga.
A equipa de Paulo Fonseca até entrou bem no encontro e, logo aos 4’, esteve muito perto de inaugurar o marcador, valendo o jovem Ruben Vezo a evitar em cima da linha o golo de Jackson. Pressionantes e procurando rapidamente lançar o ataque com muitas unidades, os “dragões” (Josué foi a grande novidade, ocupando o lugar do lesionado Varela) deixaram espaços na rectaguarda que o Vitória aproveitou aos 14’, no lance onde se destacaram duas das caras novas da equipa. O paraguaio Cardozo construiu o lance e Rafael Martins, em posição frontal, fuzilou Helton, que ainda defendeu o primeiro remate, mas foi impotente para travar a recarga.
Muito arrumados no campo, os sadinos apresentaram uma equipa combativa, com grande solidariedade defensiva e sem nunca descurar o ataque. O golo desinibiu a equipa, que equilibrou o encontro e até esteve perto de chegar ao segundo, aos 24’, num livre apontado por Rafael Martins. As movimentações vitorianas e a pressão da equipa no meio-campo surpreenderam os portistas, que demoraram muito a reencontrar-se. Mesmo assim, estiveram muito perto de empatar ainda antes do intervalo, numa das melhores jogadas atacantes da equipa em todo o primeiro tempo. Defour trabalhou a bola na esquerda, cruzou para Jackson, mas uma grande defesa de Kieszek anulou o lance.
O optimismo imperava nos adeptos setubalenses, mas as incidências no início do segundo tempo iriam condicionar o resto da partida. Aos 49’, Jackson foi derrubado na área por Dani e Josué cobrou o penálti e empatou o encontro. Mas não ficaria por aí o amargo de boca vitoriano. Numa atitude irreflectida, o polaco Kieszek respondeu a uma provocação do autor do golo portista com uma cabeçada e foi expulso. Para o seu lugar entrou Adilson (saindo Bruno Sabino, um dos jogadores mais influentes da equipa da casa na primeira metade).
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A vantagem numérica dos “dragões” não teve grandes reflexos na partida, que estava longe de controlar. E acabou por ser a entrada providencial de Quintero a desequilibrar, aos 60’, com um grande remate à entrada da área, sem possibilidades para Adilson.
Mesmo com menos um jogador e a perder, os setubalenses nunca baixaram os braços e, aos 65’, só não empataram o encontro, num cabeceamento do incontornável Rafael Martins, porque Otamendi imitou Ruben Vezo e retirou também a bola em cima da linha de golo (dois lances que deixaram algumas dúvidas). Confirmava-se algum ascendente dos sadinos, que só a dinâmica e capacidade de desequilíbrio de Quintero procurava, a espaços, contrariar.
Já em cima dos 90’, seria Jackson a confirmar o triunfo dos visitantes e a estrear-se a marcar na Liga, com um remate colocado.
Com esta vitória, o FC Porto concluiu uma longa série de 100 jogos com apenas uma derrota pelo meio, em Janeiro de 2012, frente ao Gil Vicente. Paulo Fonseca tem ainda muito trabalho pela frente, nomeadamente no meio-campo (onde João Moutinho insiste em não ser esquecido) e defesa. Já o Vitória promete ser candidato a surpreender.