CIA confirma Area 51 – mas sem ET ou OVNI
Agência de espionagem revela local no Nevada usado para testar aviões de reconhecimento.
A informação foi dada pela CIA na sequência de um pedido de consulta a registos públicos feito por académicos da George Washington University e foi a primeira vez que a agência reconheceu a existência do local, a cerca de 130 quilómetros a noroeste de Las Vegas. A base foi desenvolvida nos anos 1950 para testar os aviões espiões U-2. Outras aeronaves supersecretas foram depois ali testadas, como o avião de reconhecimento supersónico A-12 e o avião furtivo F-117.
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A informação foi dada pela CIA na sequência de um pedido de consulta a registos públicos feito por académicos da George Washington University e foi a primeira vez que a agência reconheceu a existência do local, a cerca de 130 quilómetros a noroeste de Las Vegas. A base foi desenvolvida nos anos 1950 para testar os aviões espiões U-2. Outras aeronaves supersecretas foram depois ali testadas, como o avião de reconhecimento supersónico A-12 e o avião furtivo F-117.
Jeffrey Richelson, que pediu a história do U-2 em 2005 à CIA, comenta que “esta é a primeira vez que deve ter havido uma decisão a nível superior para reconhecer a Area 51 e a sua localização específica”, disse à Reuters.
O local foi escolhido em 1955 por ter várias condições para os testes dos aviões espiões – era remoto, estava perto de um outro local de testes nucleares e, de a partir de alguns pontos, poderia parecer uma miragem.
O local sem nome foi ainda o centro das atenções por um processo em tribunal de 1995, quando pessoas que ali trabalhavam afirmaram ter ficado doentes por exposição a químicos tóxicos, incluindo tintas e coberturas anti-radar e outros materiais secretos. Alguns morreram depois de terem tido estranhos problemas de pele e respiratórios. Para ali trabalhar, era necessário assinar um juramento de que não se poderia dizer nada a ninguém sobre o sítio e as funções que se desempenhavam.
“O que quem ler o estudo da CIA vai encontrar é que a agência testa os aviões de reconhecimento U-2 e A-12 num local no Nevada que às vezes é chamado ‘Area 51’”, disse o porta-voz da CIA Edward Price. “O que não vão encontrar é quaisquer referências a extraterrestres ou outras teorias da conspiração que são do domínio da ficção científica.”
Uma das teorias envolvendo objectos voadores não identificados (OVNI) na Area 51 é a da queda de um disco-voador perto de Roswell, Novo México, em 1947, e cujos restos teriam sido levados para o Nevada para experiências de engenharia para tentar perceber como funcionaria a nave – e um extraterrestre morto teria sido mesmo autopsiado. Há até um famoso vídeo (tudo indica que falso...), que chegou a passar na televisão portuguesa há uns bons anos.
No documento há, no entanto, uma passagem sobre a ligação entre o local e os OVNI, “no sentido em que as pessoas viam os U-2 numa altura em que estes eram secretos e a uma altitude muito grande, e não sabiam o que eram – nesse sentido, eram objectos voadores não identificados”. Nesta época, ninguém acreditava que seria possível que os aviões voassem a mais de 60 mil pés, muito mais alto do que os voos comerciais – hoje, segundo a Boeing, um voo transatlântico típico faz-se entre os 35 e os 39 mil pés.
Notícia corrigida às 15h34 de 18/08/13