O fim dos comentários anónimos no PÚBLICO
Critérios de publicação alterados para melhorar qualidade do debate nas caixas de comentários.
Quase nove meses depois de ter estreado um sistema de comentários baseado na reputação dos leitores registados, o PÚBLICO dá mais um importante passo para melhorar a qualidade do debate que ocorre nas suas caixas de comentários. Nesse período, o número de leitores registados aumentou cerca de dez vezes, para mais de 40 mil.
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Quase nove meses depois de ter estreado um sistema de comentários baseado na reputação dos leitores registados, o PÚBLICO dá mais um importante passo para melhorar a qualidade do debate que ocorre nas suas caixas de comentários. Nesse período, o número de leitores registados aumentou cerca de dez vezes, para mais de 40 mil.
O anonimato tem sido usado pelos leitores de forma recorrente e não em situações pontuais para exprimir opiniões em casos sensíveis, como o PÚBLICO sugeria nos critérios de publicação. Estes critérios, as regras pelas quais se rege a moderação de comentários, foram por isso reescritos para serem ainda mais claros. O objectivo central mantém-se: promover discussões saudáveis e construtivas.
O que se pretende com o registo obrigatório é que este conduza à participação de leitores mais comprometidos e, consequentemente, mais ciosos dos seus comentários e reputações. Apesar de o PÚBLICO reconhecer que os comentários anónimos são qualitativamente muito diferentes, é a coberto do anonimato que os mais insidiosos comentários são escritos.
O PÚBLICO considera que a ausência do anonimato formal nos comentários não impede que os leitores façam chegar ao jornal dicas ou denúncias de forma anónima, nem impossibilita a livre expressão de todas as opiniões. Os leitores podem entrar em contacto com a redacção por telefone, correio convencional e electrónico ou através das redes sociais.
Segundo as normas do Livro de Estilo do PÚBLICO, não existem opiniões anónimas. E é esse critério que agora é alargado às caixas de comentários, que são sobretudo espaços de opinião.
Mudanças no sistema de reputação
Cada leitor tem uma reputação, calculada automaticamente a partir do número de participações – comentando, votando e acrescentado argumentos em inquéritos, moderando comentários de outros leitores. A qualidade dessas participações também conta: aprovar um comentário, por exemplo, contribui para aumentar a reputação; mas, se esse comentário violar os critérios de publicação e for denunciado por outro leitor, o moderador é penalizado.
É este o conceito do modelo que o PÚBLICO estreou quando lançou o novo site, a 22 de Novembro de 2012. Neste modelo, a moderação dos comentários é partilhada por jornalistas do PÚBLICO e pelos próprios leitores, mediante o histórico da sua participação na comunidade.
Agora, a par do fim dos comentários anónimos e da alteração aos critérios de publicação, são ainda introduzidas afinações ao cálculo das reputações dos leitores. Atingir os níveis mais elevados – “Influente” e “Moderador” – será mais difícil. Por outro lado, será muito fácil um utilizador de nível máximo – “Moderador” – perder esse estatuto caso viole as regras.
Além de comentar, moderar comentários de outros leitores e participar em inquéritos, o registo permite aos leitores ter um perfil no PÚBLICO e guardar artigos para ler mais tarde.