Estudante empreendedor é homem e tem mais de 26 anos, diz estudo da U. Coimbra
Pesquisa traça o perfil do estudante empreendedor: homem, tem mais de 26 anos, com "maior tolerância ao risco e ao falhanço"
Um estudo da Universidade de Coimbra (UC) conclui que o estudante empreendedor é “tendencialmente do género masculino”, tem mais de 26 anos e frequenta “cursos com maiores habilitações académicas”. Mostra “uma maior tolerância ao risco e ao falhanço”, em relação à generalidade dos seus colegas, revela a mesma pesquisa, divulgada esta segunda-feira pela reitoria da UC.
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Um estudo da Universidade de Coimbra (UC) conclui que o estudante empreendedor é “tendencialmente do género masculino”, tem mais de 26 anos e frequenta “cursos com maiores habilitações académicas”. Mostra “uma maior tolerância ao risco e ao falhanço”, em relação à generalidade dos seus colegas, revela a mesma pesquisa, divulgada esta segunda-feira pela reitoria da UC.
O inquérito, que envolveu mais de 1.700 estudantes do ensino superior, revela também que “os jovens com perfil de estudante empreendedor apresentam maior apetência para trabalhar nas férias de Verão, praticar uma actividade cultural e/ou fazer parte de órgãos de gestão associativos”. Realizada ao longo do último ano lectivo, a pesquisa revela que “47% dos estudantes desejam vir a trabalhar por conta própria”, tendo como “principal motivação a “realização pessoal” (59%) e como maiores receios a “incerteza de rendimentos” (62%) e a actual “conjuntura económica” (61%).
Os trabalhadores-estudantes demonstram, de acordo com a mesma investigação, “menos receio na criação do próprio emprego do que a média dos estudantes”, nos factores “insegurança de emprego”, “possibilidade de enfrentar um falhanço pessoal”, “possibilidade de a empresa ir à falência” e “assumir demasiada responsabilidade”. Instados a indicarem “qual o português” e “qual a empresa portuguesa” em que pensam quando ouvem falar de “empreendedor” e de “empreendedorismo”, os inquiridos consideram que a Sonae é “a empresa que se afirma como exemplo de empreendedorismo (20,5%)”, seguindo-se a EDP (7,4%).
Em relação aos “empreendedores” portugueses com “mais fama junto dos estudantes”, ouvidos no âmbito deste estudo, destacam-se Belmiro de Azevedo, Rui Nabeiro e, em terceiro lugar, Soares dos Santos. A investigação também permite “conhecer a apetência e interesse dos estudantes das instituições de ensino superior” da região Centro para “as temáticas relacionadas com empreendedorismo e inovação”, afirma o seu coordenador, Miguel Dias Gonçalves.
Efectuado pela Divisão de Inovação e Transferências do Saber da UC, no âmbito do InovC (Programa Estratégico para a consolidação do Ecossistema de Inovação da Região Centro), o estudo pode ser acedido aqui. Financiada pelo QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional), no âmbito do ‘Mais Centro’ (Programa Operacional Regional do Centro), a pesquisa envolveu 1.764 estudantes do ensino superior.