Washington Post vendido ao fundador da Amazon

Jeff Bezos diz que “vai ser preciso experimentação” na gestão do jornal.

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Numa carta aos funcionários, Bezos, que tem 49 anos e é o director executivo da Amazon, explicou que vai manter-se afastado da gestão quotidiana e que os cargos de administração e de direcção continuarão a ser ocupados pelas mesmas pessoas.

O negócio é feito pessoalmente por Bezos e não pela Amazon.

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Numa carta aos funcionários, Bezos, que tem 49 anos e é o director executivo da Amazon, explicou que vai manter-se afastado da gestão quotidiana e que os cargos de administração e de direcção continuarão a ser ocupados pelas mesmas pessoas.

O negócio é feito pessoalmente por Bezos e não pela Amazon.

Bezos afirmou que não tem um plano definido para o futuro do Post numa era em que os jornais se debatem com um problema de modelo de negócio. “Isto será território por explorar e vai ser preciso experimentação”, afirmou o empresário, garantindo, no entanto, que "compreende o papel crucial" do jornal em Washington e nos Estados Unidos e sublinhando que "os valores do Post nunca vão mudar".

Jeff Bezos - que fundou a Amazon na própria casa, com um empréstimo de 300 mil euros concedido pelos pais, e a transformou num gigante de vendas online - tem, segundo a revista Forbes, a 19.ª maior fortuna do mundo, estimada em 25.200 milhões de dólares.

Na última apresentação de resultados, a empresa detentora do Washington Post comunicou que a divisão de jornais teve no segundo trimestre deste ano prejuízos de 14,8 milhões de dólares, uma subida face aos 12,6 milhões do mesmo trimestre de 2012. A empresa tem ainda uma operação de televisão por cabo, televisões regionais, bem como um negócio de testes e preparação para exames – todas estas divisões são lucrativas.

Ao longo do primeiro semestre do ano, os jornais do grupo sofreram uma queda de circulação impressa de 7,1% face ao mesmo período de 2012, totalizando uma circulação de 447.700 exemplares diários. Ao domingo, a queda foi de 7,6%, para os 646.700 exemplares.

A revista online Slate, o segundo título mais conhecido do grupo e que faz parte da mesma divisão de negócio do Washington Post, não vai ser incluída na venda, que deverá concretizar-se nos próximos dois meses.

Esta é a terceira operação em três dias de mudança de propriedade de títulos importantes nos EUA. O grupo IBT Media anunciou no sábado a compra da Newsweek por um valor não revelado. E no mesmo dia a empresa detentora do New York Times anunciou a venda do Boston Globe por menos de 10% do valor que tinha despendido em 1993.

Notícia corrigida às 23h14 O valor da venda é de 250 milhões de dólares e não 250 mil dólares.