John Berrigan é novo representante da Comissão Europeia na troika

O indiano Subir Lall será a partir de meados de Setembro o próximo chefe da missão por parte do FMI.

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Comissão Europeia que ver crise política resolvida rapidamente Enric Vives Rubio

Berrigan integra a Comissão Europeia desde meados da década de 1980, altura em que tinha a seu cargo a monitorização de países, questões de política cambial e a preparação técnica para o euro e a integração dos mercados financeiros.

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Berrigan integra a Comissão Europeia desde meados da década de 1980, altura em que tinha a seu cargo a monitorização de países, questões de política cambial e a preparação técnica para o euro e a integração dos mercados financeiros.

Mais recentemente, o responsável esteve envolvido nas acções políticas para preservar a estabilidade financeira na área do euro.

O irlandês substitui Juergen Kroeger, que se reformou da Comissão Europeia.

Já na segunda-feira, fonte oficial do Fundo Monetário Internacional disse que o indiano Subir Lall será a partir de meados de Setembro o próximo chefe da missão do organismo, que integra a troika, para Portugal, em substituição de Abebe Selassie.

Numa nota enviada à Lusa, o FMI assinala que Abebe Selassie vai transitar para o Departamento Africano da instituição, sendo substituído na missão para Portugal por Subir Lall, director adjunto no Departamento de Assuntos Europeus e até aqui chefe da missão para a Alemanha e Holanda.

Subir Lall iniciará funções "a meio de Setembro", adianta o FMI, que destaca a "vasta experiência" do novo chefe de missão para Portugal "em economias avançadas e emergentes", casos de Coreia, Malásia, Roménia e Rússia, entre outras.

Doutorado em Economia pela Universidade de Brown (EUA), foi também responsável pelo World Economic Outlook, publicação de referência do FMI.

O Governo pediu a 11 de Julho à troika um adiamento da 8.ª avaliação do programa, que deve ocorrer, juntamente com a 9.ª avaliação, no final de Agosto/início de Setembro, para concluir o programa de ajustamento dentro do prazo previsto.

A revisão, que deveria ter começado a 15 de Julho, já ia arrancar mais tarde devido aos atrasos na conclusão da 7.ª avaliação, decorrentes da demora no plano de corte na despesa do Estado e do chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado para 2013.

O chumbo do Tribunal Constitucional levou a que as instituições exigissem compensações ao desvio orçamental e como tal as autoridades portuguesas só conseguiram o acordo com a troika a 13 de Maio.

Os empréstimos do FMI fazem parte do acordo realizado entre Portugal, o Fundo, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, a 20 de Maio de 2011.

No total, Portugal vai receber 78 mil milhões de euros da troika ao longo de três anos.