Bruxelas pede aos 28 que façam reformas para travar desemprego "terrivelmente alto"
Comissão considera "inaceitável" que cerca de 26,4 milhões não tenham trabalho.
“Os números do desemprego continuam terrivelmente altos”, afirmou o porta-voz do executivo comunitário, Dennis Abbott, na conferência diária da Comissão Europeia, quando questionado sobre os dados divulgados pelo Eurostat de acordo com os quais a taxa de desemprego na zona euro se situou nos 12,1% em Junho (valor que se mantém desde Março, mas que é um máximo) e na União Europeia (UE) atingiu os 10,9% (ligeiramente abaixo dos 11% verificados em Maio).
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“Os números do desemprego continuam terrivelmente altos”, afirmou o porta-voz do executivo comunitário, Dennis Abbott, na conferência diária da Comissão Europeia, quando questionado sobre os dados divulgados pelo Eurostat de acordo com os quais a taxa de desemprego na zona euro se situou nos 12,1% em Junho (valor que se mantém desde Março, mas que é um máximo) e na União Europeia (UE) atingiu os 10,9% (ligeiramente abaixo dos 11% verificados em Maio).
O porta-voz considerou ainda ser “inaceitável” que cerca de 26,4 milhões de pessoas estejam sem emprego na UE e defendeu a necessidade de os Estados-membros fazerem reformas para aumentar o emprego. Estas, explicitou Dennis Abbott, passam pelo combate ao abandono escolar, por assegurar que os jovens e estudantes “têm as competências de que os empregadores precisam”, pela reforma da legislação laboral e pela melhoria da “eficiência” dos serviços públicos de emprego.
Os Estados-membros devem ainda “dar passos urgentes” para pôr em prática a garantia jovem, acrescentou o porta-voz da Comissão Europeia. Trata-se de uma iniciativa que pretende assegurar que os jovens até aos 25 anos que estão desempregados há quatro meses tenham acesso a um trabalho, a um estágio ou a um programa de formação.
No último Conselho Europeu, em Junho, os líderes acordaram antecipar para 2014 e 2015 a disponibilização da verba de seis mil milhões de euros destinada à garantia jovem, inicialmente prevista para o período 2014-2020.
O porta-voz do executivo comunitário sublinhou que “há uma cura” para o desemprego, mas não é uma “cura milagrosa” e recordou que, ao nível europeu, já foi acordado o que deve ser feito. “Não é algo que possa ser feito de um dia para o outro, mas pode ser melhorado se os Estados-membros tratarem destas questões”, concluiu Dennis Abbott.
De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, nesta quarta-feira, a taxa de desemprego em Portugal desceu para 17,4% em Junho, face aos 17,6% registados em Maio, mas continua a ser a terceira mais elevada entre os Estados-membros da UE, apenas atrás da Grécia (26,9%, valor referente a Abril) e de Espanha (26,3%).