Kim Gordon mostra os seus Body/Head no Porto
Com os Sonic Youth em suspenso, devido ao divórcio de Thurston Moore e Kim Gordon, os movimentos de cada um dos membros são seguidos com atenção. Thurston fez uma banda, os Chelsea Light Moving, que recupera o ataque punk dos Sonic primevos. Lee Ranaldo fez outra, com o seu próprio nome, na qual abriu o seu léxico de guitarras ao enorme filão da canção rock norte-americana. Steve Shelley continua com os seus múltiplos projectos (só em 2012 entrou em sete álbuns). E Kim Gordon? Vamos ouvi-la em Setembro, quando a Matador lançar Coming Apart, do seu projecto Body/Head, vamos ouvi-la e vê-la em Outubro, no festival Amplifest, que acontecerá nos dias 19 e 20 desse mês, no portuense Hard Club.
Os Body/Head são um duo de guitarras eléctricas composto por Gordon e Bill Nace. Ambos estão habituados a contextos de improvisação e foi assim que o duo começou, em registo 100% instrumental. Diz a Matador que a voz de Kim Gordon faz agora “parte intrínseca” da experiência. Há também “canções” (as aspas são da Matador: afinal, falamos de dois libertários sónicos). “Sinto que é como se fosse uma reconstrução, ou como começar de novo de alguma forma, mas tenho todo um vocabulário de músicas e experiências para o fazer”, afirmou Gordon à Spin. Os dois já colaboraram, ao vivo ou em discos obscuros, com notáveis como Michael Morley (Dead C) e Ikue Mori, mas Coming Apart, álbum duplo, será o primeiro registo a chegar a um maior número de pessoas.
Outra novidade no cartaz do Amplifest 2013 é a presença dos Evangelista, de Carla Bozulich. Quando falou com o Ípsilon, por alturas de Hello, Voyager (2008), a ex-Geraldine Fibbers tinha acabado de formar a banda. “Não quero estar mais sozinha, quero encontrar um grupo. Não tenho ainda um grupo sólido, mas quero encontrá-lo e formar um gangue”, afirmava. O último acto do gangue é In Animal Tongue, de 2011, na qual os Evangelista surgem mais calmos, mas não menos inquietantes. Estão lá guitarras tocadas com delicadeza (tensão em surdina), pormenores de piano e órgão fúnebre, bateria esparsa, todos a servirem a voz de Bozulich, num semi-improvisado fluxo de mágoa ou em orações sem deus.
Body/Head e Evangelista juntam-se ao lote de artistas já confirmados para o Amplifest: os Deafheaven (com o excelente Sunbather, que junta a intensidade do black metal e do pós-rock, para mostrar), Year of No Light, Aluk Todolo, Russian Circles, Uncle Acid & the Deadbeats e Chelsea Wolfe. As datas de cada concerto ainda não foram anunciadas.
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Com os Sonic Youth em suspenso, devido ao divórcio de Thurston Moore e Kim Gordon, os movimentos de cada um dos membros são seguidos com atenção. Thurston fez uma banda, os Chelsea Light Moving, que recupera o ataque punk dos Sonic primevos. Lee Ranaldo fez outra, com o seu próprio nome, na qual abriu o seu léxico de guitarras ao enorme filão da canção rock norte-americana. Steve Shelley continua com os seus múltiplos projectos (só em 2012 entrou em sete álbuns). E Kim Gordon? Vamos ouvi-la em Setembro, quando a Matador lançar Coming Apart, do seu projecto Body/Head, vamos ouvi-la e vê-la em Outubro, no festival Amplifest, que acontecerá nos dias 19 e 20 desse mês, no portuense Hard Club.
Os Body/Head são um duo de guitarras eléctricas composto por Gordon e Bill Nace. Ambos estão habituados a contextos de improvisação e foi assim que o duo começou, em registo 100% instrumental. Diz a Matador que a voz de Kim Gordon faz agora “parte intrínseca” da experiência. Há também “canções” (as aspas são da Matador: afinal, falamos de dois libertários sónicos). “Sinto que é como se fosse uma reconstrução, ou como começar de novo de alguma forma, mas tenho todo um vocabulário de músicas e experiências para o fazer”, afirmou Gordon à Spin. Os dois já colaboraram, ao vivo ou em discos obscuros, com notáveis como Michael Morley (Dead C) e Ikue Mori, mas Coming Apart, álbum duplo, será o primeiro registo a chegar a um maior número de pessoas.
Outra novidade no cartaz do Amplifest 2013 é a presença dos Evangelista, de Carla Bozulich. Quando falou com o Ípsilon, por alturas de Hello, Voyager (2008), a ex-Geraldine Fibbers tinha acabado de formar a banda. “Não quero estar mais sozinha, quero encontrar um grupo. Não tenho ainda um grupo sólido, mas quero encontrá-lo e formar um gangue”, afirmava. O último acto do gangue é In Animal Tongue, de 2011, na qual os Evangelista surgem mais calmos, mas não menos inquietantes. Estão lá guitarras tocadas com delicadeza (tensão em surdina), pormenores de piano e órgão fúnebre, bateria esparsa, todos a servirem a voz de Bozulich, num semi-improvisado fluxo de mágoa ou em orações sem deus.
Body/Head e Evangelista juntam-se ao lote de artistas já confirmados para o Amplifest: os Deafheaven (com o excelente Sunbather, que junta a intensidade do black metal e do pós-rock, para mostrar), Year of No Light, Aluk Todolo, Russian Circles, Uncle Acid & the Deadbeats e Chelsea Wolfe. As datas de cada concerto ainda não foram anunciadas.