Passos acredita que Constituição não irá impedir reformas como a redução dos funcionários públicos
“Não acredito que a nossa Constituição nos impeça de fazer o que qualquer sociedade desenvolvida faz”, diz o primeiro-ministro.
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O presidente do PSD frisou, depois, que estas afirmações não foram feitas “como quem se queixa”. “Verdadeiramente, o que eu acho inaceitável é a indulgência perante a irresponsabilidade e o que eu acho indesculpável é uma sociedade política que não tem inteligência e exigência para cobrar a quem governa os resultados que são importantes para o país”, sublinhou. Disse, ainda, que gosta de “responder perante a indulgência e de explicar tudo o que se faz”.Passos Coelho afirmou que o trabalho que está a fazer tem valido a pena e salientou que já há sinais que devem ser vistos “como primeiros sinais de recuperação e que representam o esforço que os portugueses têm feito”. “Nos últimos meses, a nossa economia já começou a dar alguns sinais positivos de recuperação e, também na Europa, esses sinais começaram a aparecer. Isso é importante porque uma parte crescente da nossa economia está voltada para fora”, salientou. Há dois anos, segundo o presidente do PSD, Portugal exportava 30% do que produzia, agora exporta quase 40% e antes de o mandato acabar, em 2015, estar-se-á próximo dos 50%, prometeu.
Funcionários públicos têm que estar preprados "fazer alguma coisa para outro lado”
O líder social-democrata defendeu depois que é preciso estabelecer uma hierarquia do que é importante no país, para evitar um novo pedido de assistência externa, acreditando que a Constituição não vai impedir as reformas necessárias. O pior que pode acontecer ao país é ficar sem dinheiro para pagar salários, considerou Passos, e lembrou que foi justamente por isso que Portugal teve de pedir assistência externa. <_o3a_p>
“Para que isso não volte a acontecer, temos de fazer uma hierarquia do que é realmente importante e o que não for tem de deixar de ser feito. As pessoas que faziam aquilo que era menos importante têm que ser afectas a fazer outras coisas que são mais importantes e, se não for preciso tanta gente para fazer isso, essas pessoas têm de ir fazer alguma coisa para outro lado”, salientou. <_o3a_p>
Não pode, acrescentou, “o Estado ficar-lhes a pagar eternamente para fazer o que não é preciso - isto é assim em qualquer país desenvolvido do mundo”. <_o3a_p>
“Não acredito que a nossa Constituição nos impeça de fazer o que qualquer sociedade desenvolvida faz”, sublinhou. <_o3a_p>
Depois, segundo Passos Coelho, é ainda “verdadeiramente importante” definir o que o Estado pode fazer directamente e o que pode fazer em parceria com a sociedade civil. Nesse sentido, deu a Segurança Social como um “exemplo extraordinário” de como se pode pensar a reforma do Estado gastando menos, sem pôr em causa os serviços que são prestados às pessoas. <_o3a_p>
“Temos conseguido na área social uma verdadeira parceria com as instituições de solidariedade social”, frisou.