Mortalidade regressa aos níveis esperados, depois de pico de 800 mortes devido ao calor

Relatório do Instituto Nacional de Saúde mostra agora valores normais para a época.

Foto
Desde Outubro – o início do ano hidrológico – que a quantidade de chuva tem sido menor do que o normal Vasco Neves

O boletim semanal do INSA, referente à semana que terminou no dia 21 de Julho, nota que a mortalidade por “todas as causas” está agora de acordo com o esperado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O boletim semanal do INSA, referente à semana que terminou no dia 21 de Julho, nota que a mortalidade por “todas as causas” está agora de acordo com o esperado.

Durante as duas semanas que durou a última onda de calor em Portugal, o INSA registou um número de mortos mais elevado do que o habitual para a época. Porém, as autoridades de saúde não fizeram uma relação directa entre a mortalidade e as elevadas temperaturas. Da análise dos números registados nessa altura constata-se que terão sido contabilizadas, no total, mais de 1600 mortes do que o valor médio observado nesta altura do ano.

Apenas na semana entre 8 e 14 de Julho terão sido registadas mais de 2500 mortes, cerca de 800 acima da média desta altura do ano (1750), sendo que o grupo etário com mais de 75 anos terá sido o mais afectado.

O sistema de vigilância da mortalidade do Instituto Ricardo Jorge avalia a informação disponibilizada pelas conservatórias do Registo Civil, que diariamente enviam os dados referentes aos óbitos registados no dia anterior.