Bo Xilai, antiga figura do PC chinês, acusado de corrupção e abuso de poder

Já foi uma das principais figuras do aparelho político chinês, mas caiu em desgraça no último ano e meio.

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Não foi avançada uma data para o início do julgamento Jason Lee/Reuters (Arquivo)

Bo foi em tempos uma das principais figuras do aparelho político chinês, mas caiu em desgraça no último ano e meio, acabando por ser expulso do partido na sequência do homicídio do empresário britânico Neil Heywood.

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Bo foi em tempos uma das principais figuras do aparelho político chinês, mas caiu em desgraça no último ano e meio, acabando por ser expulso do partido na sequência do homicídio do empresário britânico Neil Heywood.

A sua mulher, Gu Kailai, foi acusada e condenada em Agosto de 2012 a pena de morte suspensa pelo homicídio do empresário (a pena capital será comutada para prisão perpétua em 2014, mas Gu deverá poder sair ao fim de nove anos de prisão em liberdade condicional).

Segundo a agência estatal Xinhua, Bo Xilai é acusado de ter aceitado "uma soma elevadíssima" em dinheiro e propriedades e de desviar fundos públicos.

Não foi avançada uma data para o início do julgamento, mas o envio da acusação para um tribunal da cidade de Jinan, na província de Shandong, indica que o processo deverá começar em breve.

Em Novembro de 2012, o Comité Central do Partido Comunista Chinês anunciou a expulsão do antigo governador da província de Chongqing e em tempos figura promissora do aparelho político do país. A expulsão de Bo Xilai do PCC e do Politburo (o segundo mais importante centro de decisões da política chinesa, a seguir à Comissão Permanente) foi vista como um escândalo quase sem precedentes na história política da China e como a maior crise que o partido no Governo enfrentou desde o massacre na Praça Tiananmen, em 1989.

Antes da expulsão do PCC, Bo Xilai já tinha sido afastado da liderança do secretariado do partido na província de Chongqing, no dia 14 de Março.

Bo já foi um dos políticos mais populares do país e era visto como um forte candidato à entrada na restrita Comissão Permanente do Politburo, de que fazem parte apenas nove membros.