Enquanto vai às compras, aproveite para dar sangue
Pela primeira vez, o Instituto do Sangue vai alargar colheitas a hipermercados. Campanha de sensibilização arrancou nesta terça-feira.
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Face ao previsível aumento de dificuldades nesta época do ano em que tradicionalmente “o volume de dádivas se ressente”, porque as pessoas estão de férias, o IPST faz um apelo especial aos dadores habituais que não dão sangue há mais de seis meses para que o façam agora, principalmente os do grupo O, negativo e positivo, e grupo A, negativo e positivo. Mas também pede aos jovens que dêem sangue pela primeira vez, tornando o seu Verão “mais rico”.
Para esclarecimentos sobre locais e horários, os interessados podem aceder ao sítio www.darsangue.pt e consultar o agendamento de sessões, escolhendo o local mais próximo onde podem fazer a dádiva. À semelhança do que aconteceu em anos anteriores, haverá igualmente colheitas em várias praias.
A campanha de sensibilização de Verão vai passar pela colocação de cartazes em várias cidades do país e por anúncios em órgãos de comunicação social, nomeadamente rádio e estações de televisão.
Dádivas aumentam
O lançamento desta acção de sensibilização não significa, porém, que haja falta de sangue, frisa o IPST. No dia 1 deste mês, havia um total de 14.994 unidades de sangue em reserva nacional, níveis que “estão bastante acima das oito a nove mil unidades” disponíveis na mesma data do ano passado, esclarece. Esta semana, acrescenta o instituto, há “um pouco mais de 13 mil unidades em reserva”.Garantindo ainda que as dádivas aumentaram 4% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo período do ano anterior, o IPST explica que, com esta campanha, se visa apenas que seja possível atravessar o período de Verão “sem grandes sobressaltos”. Nos primeiros seis meses deste ano, colheram-se 106.456 unidades de sangue quando no mesmo período do ano passado se tinham colhido 101.959 unidades, resultado conseguido porque o número de brigadas aumentou 16%, recorda.
“O esforço feito com o aumento do número de brigadas deve-se à diminuição registada na afluência de dadores às sessões de colheitas”, problema que “só foi possível colmatar com a distribuição de mais recursos humanos no terreno”, conclui.