Ministra das Finanças mostrou “preocupação especial” com Metro do Porto

Ex-secretário de Estado do Tesouro contradiz versão de Maria Luís Albuquerque e diz que falaram sobre swaps a 29 de Junho de 2011.

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Costa Pina frisou que assistiu “com surpresa” ao “enredo criado em torno deste assunto Foto: Nuno Ferreira Santos

O ex-secretário de Estado do Governo PS contradisse, perante os deputados da comissão parlamentar de inquérito aos swaps, as declarações feitas por Maria Luís Albuquerque relativamente à informação passada ao actual Governo aquando da transição de pastas, afirmando que estiveram reunidos a 29 de Junho e que “a questão foi suscitada, tendo a senhora secretária de Estado sido informada dos temas que se encontravam pendentes”.

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O ex-secretário de Estado do Governo PS contradisse, perante os deputados da comissão parlamentar de inquérito aos swaps, as declarações feitas por Maria Luís Albuquerque relativamente à informação passada ao actual Governo aquando da transição de pastas, afirmando que estiveram reunidos a 29 de Junho e que “a questão foi suscitada, tendo a senhora secretária de Estado sido informada dos temas que se encontravam pendentes”.

A actual ministra das Finanças, que substituiu Vítor Gaspar no cargo, teve, aliás, “a oportunidade de explicitar a sua preocupação especial com o caso da Metro do Porto” (uma das seis empresas onde foram identificados swaps especulativos), acrescentou Costa Pina.

O ex-secretário de Estado do Tesouro aproveitou ainda para criticar as palavras que têm vindo a ser proferidas por Maria Luís Albuquerque e outros membros do actual executivo. “Tenho sobre esta matéria em particular mantido o silêncio, abstendo-me de comentar as declarações e até as acusações que me foram feitas - designadamente de não ter referido o assunto na reunião de transição. É falso que não o tenha feito. Foi referido. Assim como é falso que uma tal omissão, se porventura tivesse acontecido, pudesse estar na base do atraso em reagir e tomar decisões”, afirmou.

Costa Pina frisou ainda que assistiu “com surpresa” ao “enredo criado em torno deste assunto, começando pelas alusões inaceitáveis a um padrão de comportamento do Governo anterior, passando por um total e inexplicável silêncio sobre as razões da não tomada de decisões ainda em 2011 e terminando com falsas afirmações de que se começou imediatamente a trabalhar, logo no Verão de 2011, e de que o trabalho começou do zero”.

O antigo governante considerou “graves e inaceitáveis tais acusações”, porque “revelam uma atitude que em vez de discutir ideias, valores e projectos, pretende fazer ataques de carácter, difamatórios e atentatórios do bom nome e da honra cujo respeito todas as pessoas merecem”.