Oliva Creative Factory acolhe onze empresas criativas

Equipamento cultural de São João da Madeira investe na vertente empresarial, acolhendo 11 empresas dedicadas à joalharia, ao mobiliário ecológico, às artes plásticas e ao cinema .

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A actividade empresarial da Oliva Creative Factory, que é o centro de indústrias criativas instalado na antiga metalúrgica de São João da Madeira, arranca esta terça-feira com 11 empresas que colocam “a arte e criatividade ao serviço da economia”.

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A actividade empresarial da Oliva Creative Factory, que é o centro de indústrias criativas instalado na antiga metalúrgica de São João da Madeira, arranca esta terça-feira com 11 empresas que colocam “a arte e criatividade ao serviço da economia”.

A vertente cultural desse equipamento já vinha sendo dinamizada há cerca de um ano, mas agora chegam ao local também as empresas que aí irão desenvolver projectos nas áreas da joalharia, design de produto e de interiores, mobiliário ecológico, calçado personalizado, consultadoria em saúde, protecção rodoviária, iluminação, artes plásticas e produção cinematográfica.

Para Ricardo Figueiredo, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, a Oliva Creative Factory poderá assim “colocar a arte e a criatividade ao serviço da economia, trazendo a indústria tradicional e as tecnologias ao encontro das artes e da criatividade”.

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Tradição da chapelaria e do calçado

O objectivo é “reforçar um ecossistema económico baseado na criatividade e no conhecimento”, do que resultará “maior valor acrescentado” não só para as indústrias de carácter mais inovador, mas também para os ramos específicos da chapelaria e do calçado, disse.

Ricardo Figueiredo reconhece que esses dois sectores continuam a ser os mais tradicionais do concelho, mas defende que na Oliva eles irão agora “reinventar-se” com apostas empresariais que “passam pela reutilização do feltro na recuperação de mobiliário em fim de vida ou pela criação de sapatos vanguardistas que são também objectos de arte”.

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Para ajudar à concretização desses projectos, a Oliva Factory tem as suas 11 novas empresas distribuídas por uma incubadora, por um centro de negócios vocacionado para empresas já com alguma maturidade e por uma galeria comercial aberta ao público generalizado.

Essa estrutura é complementada com serviços e valências comuns a todas as empresas instaladas no local, no que se incluem espaços de recepção, sistemas de segurança e vigilância, salas de formação e uma cafetaria.

A faceta empresarial da Oliva será também reforçada com bares, esplanadas e restaurantes, que, já anunciados para o local, deverão posteriormente completar a oferta cultural que, desde 2012, vem levando às antigas instalações da metalúrgica vários concertos, instalações e outras propostas artísticas.

Ainda em termos culturais, a fase seguinte passa por instalar no edifício em frente aos escritórios das empresas um núcleo de arte que, embora com um programa de exposições temporárias, terá como base principal duas mostras permanentes: a Colecção Norlinda e José Lima, que integra mais de 1000 obras dos maiores artistas europeus do século XX, e a Colecção Treger Saint Silvestre, que constitui um dos principais acervos mundiais de Arte Bruta.

Nessa ala dedicada às Artes será também disponibilizada uma escola de dança e as oficinas de restauro da Fundação Ricardo Espírito Santo, que assim passará a dispor da sua primeira delegação no norte do país.