Marcelo diz que Governo escapou por pouco
Comentador e conselheiro de Estado considera que o Presidente da República optou pela decisão mais prudente ao manter em funções o actual Governo.
Para este antigo presidente do PSD, ficou claro que Cavaco Silva "manteve a convicção até ao fim" na possibilidade de um acordo entre PSD/CDS e PS. "Deu um guião com os pontos fundamentais", lembrou Marcelo, correndo "um risco" com uma iniciativa "muito arrojada" que, porém, resultou num fracasso. Neste quadro, manter o actual Governo foi "o caminho mais prudente e mais sensato", considera Marcelo.
A alternativa anunciada nesta noite por Cavaco precisa agora de ser respeitada, destacou ainda. "Admiti a hipótese de o Presidente ser mais condicionante, mas isso faria sentido há uma semana. Neste momento, o caminho que ele escolheu é o mais prudente", prosseguiu, entendendo que o que Cavaco disse ao Governo poderia ser sintetizado assim: "É importante juntar ao rigor financeiro o crescimento económico e o emprego, atenção que é preciso falar com o PS, atenção que é preciso falar com os parceiros económicos e sociais, e atenção que eu estou cá. Aceito o Governo para durar até ao fim da legislatura, mas estou atento".
Numa análise aos partidos, Marcelo entende que a maioria não cometeu erros e que é o líder do PS, António José Seguro, quem sai fragilizado. "Foi no mínimo ingénuo", disse Marcelo, sustentando que Seguro acreditava na possibilidade de eleições antecipadas, "e agora não tem nada". Conclusão: este processo pode ser "mortal" para a liderança política do PS.
"Se o PS não ganha as autárquicas, é preciso uma solução mais forte", sintetizou Marcelo. É a oportunidade que "António Costa já não tinha" para chegar à liderança do PS, concluiu.
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Para este antigo presidente do PSD, ficou claro que Cavaco Silva "manteve a convicção até ao fim" na possibilidade de um acordo entre PSD/CDS e PS. "Deu um guião com os pontos fundamentais", lembrou Marcelo, correndo "um risco" com uma iniciativa "muito arrojada" que, porém, resultou num fracasso. Neste quadro, manter o actual Governo foi "o caminho mais prudente e mais sensato", considera Marcelo.
A alternativa anunciada nesta noite por Cavaco precisa agora de ser respeitada, destacou ainda. "Admiti a hipótese de o Presidente ser mais condicionante, mas isso faria sentido há uma semana. Neste momento, o caminho que ele escolheu é o mais prudente", prosseguiu, entendendo que o que Cavaco disse ao Governo poderia ser sintetizado assim: "É importante juntar ao rigor financeiro o crescimento económico e o emprego, atenção que é preciso falar com o PS, atenção que é preciso falar com os parceiros económicos e sociais, e atenção que eu estou cá. Aceito o Governo para durar até ao fim da legislatura, mas estou atento".
Numa análise aos partidos, Marcelo entende que a maioria não cometeu erros e que é o líder do PS, António José Seguro, quem sai fragilizado. "Foi no mínimo ingénuo", disse Marcelo, sustentando que Seguro acreditava na possibilidade de eleições antecipadas, "e agora não tem nada". Conclusão: este processo pode ser "mortal" para a liderança política do PS.
"Se o PS não ganha as autárquicas, é preciso uma solução mais forte", sintetizou Marcelo. É a oportunidade que "António Costa já não tinha" para chegar à liderança do PS, concluiu.