Assunção Esteves “lamenta profundamente” execução de sino-português

Lau Fat Wai, cidadão chinês também com nacionalidade portuguesa, foi condenado à morte em 2009 em Cantão, na China, e executado em finais de Fevereiro deste ano.

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Presidente da Assembleia da República defende que "pena de morte não tem justificação moral" Enric Vives-Rubio

“Lamento profundamente. Sinto uma grande frustração. A pena de morte não tem justificação moral e, por isso, não cabe na ideia de direito”, referiu numa mensagem enviada à Lusa.

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“Lamento profundamente. Sinto uma grande frustração. A pena de morte não tem justificação moral e, por isso, não cabe na ideia de direito”, referiu numa mensagem enviada à Lusa.

“A comunidade internacional não será verdadeiramente civilizada enquanto persistir a pena de morte. E é um dever fundamental de todos nós mobilizar todos os meios para que ela seja extinta em todos os lugares da Terra”, conclui a presidente do Parlamento.

Um porta-voz da Amnistia Internacional (AI) em Londres disse nesta sexta-feira à Lusa que Lau Fat Wai, o cidadão chinês de nacionalidade portuguesa condenado à morte em 2009 na cidade chinesa de Cantão, foi executado em finais de Fevereiro.

Em Fevereiro de 2012, Assunção Esteves emitiu um comunicado em que se manifestava contra a condenação do cidadão sino-português e reuniu-se com o embaixador da China em Lisboa, tendo-se declarado na ocasião “optimista” quanto ao desfecho do caso.

Lau Fat Wai era residente de Macau e, segundo os irmãos, citados nesta sexta-feira pelo jornal de Macau Ponto Final, passou a fronteira para a China continental em 2006 para entregar uma encomenda a alguém para com quem tinha alegadamente uma dívida, tendo depois sido detido, e, três anos mais tarde, condenado à morte por tráfico de droga e posse de arma proibida.

O sino-português nasceu em Cantão e foi adoptado por uma família chinesa de Macau – a mãe tinha nacionalidade portuguesa – e deixou um filho, também com nacionalidade portuguesa.

Obteve pela última vez, no consulado geral de Portugal em Macau, o passaporte português a 29 de Outubro de 2003 e o bilhete de identidade a 2 de Fevereiro de 2004, mas, ao contrário das autoridades portuguesas, as chinesas não reconhecem a dupla nacionalidade, considerando-o, por isso, como um cidadão chinês.