Mário Soares admite risco de "cisão" no PS, se houver acordo com a direita
Guerra interna no PS se houver acordo com Governo, prevê ex-Presidente.
Os alertas chegam dos mais variados lados. Um acordo com a direita resultaria numa guerra interna no PS, com o fundador e antigo Presidente da República Mário Soares a assumir essa leitura. É por isso que Soares está convencido de que não vai haver qualquer acordo tripartido para um "compromisso de salvação nacional". "Tenho a certeza que não vai haver acordo entre o PS e a direita do Governo, porque isso ia criar uma cisão no PS e só iria beneficiar o PCP", afirmou o ex-Presidente da República ao PÚBLICO.
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Os alertas chegam dos mais variados lados. Um acordo com a direita resultaria numa guerra interna no PS, com o fundador e antigo Presidente da República Mário Soares a assumir essa leitura. É por isso que Soares está convencido de que não vai haver qualquer acordo tripartido para um "compromisso de salvação nacional". "Tenho a certeza que não vai haver acordo entre o PS e a direita do Governo, porque isso ia criar uma cisão no PS e só iria beneficiar o PCP", afirmou o ex-Presidente da República ao PÚBLICO.
Soares revelou ainda que, nos dois últimos dias, "tem havido um conjunto de pessoas do PS que [o] têm procurado a dizer que saem do partido, se houver acordo". Por isso, sublinha: "Não pode haver acordo nenhum." Outro histórico socialista, Manuel Alegre, veio a público revelar – na quarta-feira, através do jornal i – a garantia do actual secretário-geral que não faria "nenhuma cedência" ao PSD e CDS para conseguir um acordo. Para ambos, em causa está a defesa dos princípios basilares do PS: eleições antecipadas, renegociação do memorando e apoio ao crescimento e emprego. O PÚBLICO sabe que, na semana passada, o processo negocial tripartido e a eventualidade de um acordo foram alvo de uma conversa entre Seguro, Soares e Alegre. E ali Seguro terá garantido que não cederia nos princípios e valores do PS.
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