Em comunicado, a entidade liderada por Mario Draghi anunciou que vai passar a aceitar um maior leque de activos como colateral para emprestar fundos aos bancos da zona euro. Na prática, para acederem aos fundos do BCE, os bancos têm a possibilidade de apresentar como garantia os pacotes de créditos que concedem às empresas, desde que estes pacotes tenham um rating considerado satisfatório pelo BCE.

Em comunicado, a entidade liderada por Mario Draghi anunciou que vai passar a aceitar um maior leque de activos como colateral para emprestar fundos aos bancos da zona euro. Na prática, para acederem aos fundos do BCE, os bancos têm a possibilidade de apresentar como garantia os pacotes de créditos que concedem às empresas, desde que estes pacotes tenham um rating considerado satisfatório pelo BCE.

O que o banco central fez agora foi anunciar que passa a aceitar mais tipos de pacotes de crédito e que será menos exigente ao nível dos ratings mínimos. Isto significa que um banco fica com maiores incentivos a emprestar dinheiro às empresas, já que, com maior facilidade, pode depois usar esses créditos como colateral no acesso aos fundos do BCE.

Mario Draghi já tinha, nas duas últimas conferências de imprensa realizadas em Frankfurt, revelado a intenção do banco de adoptar medidas que facilitem o acesso das PME europeias ao crédito, especialmente em países, como Portugal, em que as taxas de juro exigidas pelos bancos se encontram a níveis mais altos. A medida agora anunciada era uma das mais óbvias no actual cenário. Draghi referiu ainda a possibilidade de o BCE trabalhar em conjunto com o Banco Europeu de Investimento nesta matéria, mas para já nada foi anunciado.