Tom Hanks vai protagonizar adaptação cinematográfica de Inferno de Dan Brown

É a terceira vez que uma obra do autor é transposta para o cinema.

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´Em Inferno, a personagem de Hanks, o professor Robert Langdon, tem como missão impedir o desencadear de uma epidemia mundial REUTERS/Tony Gentile

Em Inferno, a personagem de Hanks, o professor Robert Langdon, tem como missão impedir o desencadear de uma epidemia mundial, e só A Divina Comédia, poema épico do italiano Dante Alighieri, lhe fornecerá as pistas necessárias para impedir a tragédia. A trama decorre em pontos pitorescos de Itália como Florença e Veneza.

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Em Inferno, a personagem de Hanks, o professor Robert Langdon, tem como missão impedir o desencadear de uma epidemia mundial, e só A Divina Comédia, poema épico do italiano Dante Alighieri, lhe fornecerá as pistas necessárias para impedir a tragédia. A trama decorre em pontos pitorescos de Itália como Florença e Veneza.

As adaptações ao cinema das criações de Dan Brown têm registado um sucesso significativo. O Código da Vinci, lançado em 2006, gerou receitas de 758 milhões de dólares (cerca de 577 milhões de euros) nas bilheteiras mundiais, enquanto a sequela Anjos e Demónios (que antecede O Código da Vinci na cronologia escrita), estreou em 2009 e obteve 486 milhões de dólares (370 milhões de euros).

A maioria dos livros de Brown possuem Robert Langdon como protagonista, e as tramas centrais costumam envolver temas históricos, assim como crenças cristãs, o que já levou instituições religiosas a acusá-lo de promover a blasfémia. O Código da Vinci, por exemplo, chocou a comunidade de leitores ao expor em fundo na narrativa um relacionamento entre Jesus Cristo e Maria Madalena que resultou num filho ilegítimo. Por conseguinte, a película foi banida dos cinemas em nações como o Egitpto, a Jordânia ou até mesmo a China, onde as pressões de grupos cristãos levaram as autoridades a retirar a adaptação da circulação. 

Brown constatou no seu site oficial que os seus livros não são anticristãos, embora considere que se encontra numa “viagem espiritual permanente”. Quando confrontado com a censura que O Código da Vinci e o respectivo filme receberam em diversos países, Brown é claro: “Não passa de uma história que procura entreter e promover o debate discussão espiritual. O livro pode ser utilizado como um catalisador para a introspecção e a exploração da nossa fé.”

José Luís Garcia, investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, é da opinião de que existem "muitos autores que estão inseridos nas indústrias culturais, transformando bens de conhecimento em literatura mercantilizada. Os media também divulgam muitas vezes essas narrativas que, em vez de se constituirem enquanto bens de informação e conhecimento, procuram acima de tudo alcançar números de vendas". Toda a bibliografia de Dan Brown tem estado envolvida em diversas polémicas que atingem níveis de mediatização consideráveis.