Norueguês ligado a Breivik detido em França por suspeita de preparar atentado
Kristian Vikernes, um músico de heavy metal norueguês, foi detido em França, por suspeitas de que poderia levar a cabo um atentado "de extrema violência", dizem as autoridades.
"Suspeita-se de que Vikernes poderia estar a preparar um acto terrorista de grande envergadura", disse o ministro do Interior francês, Manuel Valls, citado pelo jornal Le Monde. A polícia temia que o casal estivesse a preparar "um massacre", segundo diz a France 3. "Este indivíduo, próximo do movimento neonazi, constituía uma ameaça potencial para a sociedade, como mostra a violência das suas opiniões, interceptadas na Internet", afirma um comunicado do Ministério do Interior de Paris.
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"Suspeita-se de que Vikernes poderia estar a preparar um acto terrorista de grande envergadura", disse o ministro do Interior francês, Manuel Valls, citado pelo jornal Le Monde. A polícia temia que o casal estivesse a preparar "um massacre", segundo diz a France 3. "Este indivíduo, próximo do movimento neonazi, constituía uma ameaça potencial para a sociedade, como mostra a violência das suas opiniões, interceptadas na Internet", afirma um comunicado do Ministério do Interior de Paris.
Na sua página oficial de Internet, Vikernes analisa o manifesto de Breivik, que cumpre 21 anos de prisão por ter morto 77 pessoas em Julho de 2011, num duplo atentado em Oslo e na ilha de Utoya, onde se realizava um acampamento de Verão do Partido Trabalhista noruguês. Ao mesmo tempo, enviou o seu extenso manifesto, de 1500 páginas, para inúmeras personalidades de extrema direita e anti-islão.
Neste documento, que era essencialmente uma compilação de recortes de várias fontes, defendia que a Europa estava a ser alvo de uma invasão muçulmana, através dos imigrantes, aos quais não reagia porque a classe dirigente europeia se tinha rendido ao relativismo dos valores de esquerda. Só uma guerra civil violenta, dizia Breivik, poderia libertar a Europa de um futuro domínio pelos muçulmanos.
Vikernes, músico de heavy metal, foi condenado em 1994 por esfaquear um homem até à morte em Oslo, para além de incendiar várias igrejas pela cidade. Foi libertado em 2009, e emigrou para França com a sua mulher (que é francesa) e os três filhos. No seu blogue, reconhecia que a maioria dos seus apoiantes era neonazi, mas afirmava que ele próprio não o era – tal como Breivik. Dizia não ser "nem nacional-socialista, nem materialista".
Aquilo em que acreditava, diz o Le Monde, é na "antiga democracia escandinava" e definia-se como "odalista" - uma forma de neopaganismo desenvolvida a partir dos anos 1990 por um movimento neonazi internaiconal, a Frente Germânica Pagã.