Morte de Cory Monteith origina impasse em Glee

Os desenvolvimentos da série na quinta temporada eram ainda desconhecidos. Tinha sido renovada para mais duas temporadas, estando a sua transmissão assegurada até 2015.

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O actor na estreia da segunda temporada de "Glee" em 2010 Reuters

Embora Glee seja um fenómeno desde a sua estreia em 2009, as audiências norte-americanas têm vindo a diminuir e atingiram os valores mais baixos de sempre na quarta temporada. “A série está a esgotar-se em ideias e a chegar ao fim tematicamente falando… a morte de Cory é uma perda gigante, uma vez que se tratava de uma das personagens centrais”, revelou Ian Drew, director de entretenimento da publicação Us Weekly à Reuters.

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Embora Glee seja um fenómeno desde a sua estreia em 2009, as audiências norte-americanas têm vindo a diminuir e atingiram os valores mais baixos de sempre na quarta temporada. “A série está a esgotar-se em ideias e a chegar ao fim tematicamente falando… a morte de Cory é uma perda gigante, uma vez que se tratava de uma das personagens centrais”, revelou Ian Drew, director de entretenimento da publicação Us Weekly à Reuters.

Glee, com os seus números musicais, é uma das séries com mais sucesso dos últimos anos, além de possuir um variado elenco em termos de background racial. A personagem de Cory Monteith defendia valores de integração e respeito pela diferença: “Finn não passava de um atleta popular que gostava de cantar no início da série, mas cabou por se juntar ao grupo de excluídos da escola secundária, e começou a gostar deles e até mesmo a protegê-los”, constatou o crítico de televisão David Bianculli à Reuters.

A relação amorosa na vida real com a colega de elenco Lea Michelle (que também fazia par romântico com o canadiano na série) coloca os argumentistas da série numa posição  ainda mais delicada. Embora Glee já tenha abordado temas tão sensíveis como a homossexualidade, o bullying e a gravidez na adolescência, a série nunca teve que lidar com a morte de uma personagem principal.

A série juvenil Morangos com Açúcar passou por uma situação semelhante em 2006 com a morte do artista Francisco Adam, que perdeu a vida num acidente de viação. Francisco dava vida a Dino, uma das personagens mais populares da terceira temporada. “Foi um choque para todos nós, e a morte repentina do Francisco obrigou a uma recoordenação do projecto com um cuidado e sensibilidade redobrados”, lembrou ao PÚBLICO a actriz Paula Neves, que dava vida à bibliotecária Vera na terceira temporada da série.  Dino abandonou a história num balão de ar quente, cena que emocionou o elenco e o público da série: “Foi uma boa resolução, porque assumiu-se o que realmente aconteceu, ainda que de uma forma lírica.”