“PS tem de definir se quer novo Governo ou negociar manutenção do mesmo”, diz BE

Foto
A propósito da X Convenção do Bloco, a sua prota-voz deu uma entrevista à Lusa Nelson Garrido

"Mais cedo do que tarde o Partido Socialista terá que se definir. Se quer uma nova política ou se quer negociar a manutenção da mesma política de austeridade", defendeu.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Mais cedo do que tarde o Partido Socialista terá que se definir. Se quer uma nova política ou se quer negociar a manutenção da mesma política de austeridade", defendeu.

À margem de um debate sobre cultura e cidadania, que decorreu no âmbito da candidatura da bloquista Manuela Antunes à presidência da Câmara de Viseu, Catarina Martins sublinhou que os tempos difíceis que o país atravessa exigem clareza e responsabilidade da parte dos partidos políticos.

"Não se pode querer eleições, querer um novo Governo e aceitar negociar manter o mesmo Governo", sustentou.
A líder bloquista frisou ainda que o Bloco de Esquerda está disponível para dialogar, seja com os partidos políticos ou com as instituições nacionais e internacionais, com vista à renegociação da dívida pública e de uma nova política para o país.

"O que não estamos é disponíveis para salvar uma coligação de direita que está moribunda. Não estamos disponíveis para salvar uma política de austeridade que está a destruir o país", esclareceu.

Na sua opinião, no país vivem-se tempos difíceis em termos políticos, que não deveriam ter os partidos políticos "em jogos de tacticismos e jogos de cadeira".

Face ao que considera ser "um falhanço do programa de ajustamento" e "ao colapso da coligação", o país tem como saída a convocação de eleições.

"As eleições são a escolha responsável do país para haver nova legitimidade. Legitimidade essa que lutaremos que seja por um Governo de esquerda, que possa renegociar a dívida e dar novo rumo ao país", concluiu.