“Just Can't Get Enough”, uma surpreendente discoteca e irreverentes actuações

Apesar da evidente adesão em massa à actuação dos Depeche Mode, a noite de 13 de Julho foi marcada por performances de grande nível nos palcos que pouco têm de secundários.

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Ainda não eram seis da tarde e o Palco Heineken já era pisado pelos nova-iorquinos DIIV que no ano passado lançaram o seu primeiro álbum de estúdio. O som não estava do melhor – o vocalista Zachary Cole Smith chegou mesmo a admitir que não tinha a voz a 100% – mas não há dúvida que a banda tem um poderoso rock a que ontem, 13 de Julho, talvez pela hora, poucos assistiram.

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Ainda não eram seis da tarde e o Palco Heineken já era pisado pelos nova-iorquinos DIIV que no ano passado lançaram o seu primeiro álbum de estúdio. O som não estava do melhor – o vocalista Zachary Cole Smith chegou mesmo a admitir que não tinha a voz a 100% – mas não há dúvida que a banda tem um poderoso rock a que ontem, 13 de Julho, talvez pela hora, poucos assistiram.

A saída dos DIIV fez sentar a audiência em frente ao Palco Heineken e a chegada dos Wild Belle, ou melhor, de Natalie Bergman, agradou especialmente ao público masculino. “Estou apaixonado por esta mulher” ou “casa comigo” foram algumas das frases de quem viu e ouviu a jovem de Chicago dançar e cantar. Mas é preciso sublinhar: Wild Belle são mais do que uma miúda gira em palco. A banda formada há dois anos mostrou uma variedade de estilos que misturava o pop, soul, funk e até reggae num concerto muito “easy listening”. A dança de lugares entre os membros da banda – Natalie passou da voz para as teclas e Elliot das teclas para a voz e até para o saxofone – evidenciou a qualidade musical do grupo. “There’s so much love in this room”, disse Natalie. E o público concordou. Antes de Rhye deu para espreitar How To Dress Well, o projecto do incrível Tom Krell que com dois microfones, teclas e um DJ com um violino fascinou o Clubbing com uma voz surpreendentemente afinada e arrepiante.

Ao mesmo tempo, os Jurassic 5 deitavam abaixo o palco principal do Passeio Marítimo de Algés com um hip-hop a transportar o público até aos anos 90. De volta ao Palco Heineken, os Rhye davam um concerto intimista para ouvir de olhos fechados. Apesar das críticas de que os norte-americanos não eram “banda de festival”, o grupo soube prender quem os ouvia com a conjugação da voz de Mike Milosh com um instrumental muito forte.

Às 22h00 uma multidão para assistir aos cabeças de cartaz Depeche Mode que, como se esperava, não desiludiram os fãs mais antigos e levaram uma verdadeira enchente ao rubro com clássicos como “Just Can't Get Enough” ou “Personal Jesus”.

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DIIV Optimus Alive

Jamie Lidell, com actuação marcada para as 22h40 no Palco Heineken, tinha a tarefa difícil de competir com os cabeça de cartaz na hora. Mas a verdade é que o simpatico britânico não se deixou intimidar e, para quem decidiu descolar do palco Optimus, deu um concerto enérgico que começou com muito pouco público, mas cujo soul foi chamando assistência. Do soul jazz ao electro, era impossível não dançar a ouvir Jamie Lidell.

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Wild Belle Optimus Alive

Com estilos diferentes, mas ambos do mundo da electrónica os 2ManyDjs e Flume levaram o público a fazer de Algés uma discoteca, com o culminar na excêntrica actuação de Crystal Castles, a banda liderada pela irreverente Alice Glass.

Um sábado de qualidade em que, apesar da evidente adesão em massa às actuações dos cabeças de cartaz no palco principal, foi marcada por performances de grande nível nos palcos que pouco têm de secundários.