CDS desconvoca congresso e quer agendar só depois das autárquicas
O congresso já tinha sido adiado e agora foi desconvocado.
A decisão, que é justificada com a falta de clarificação da situação política, vai permitir que haja novas moções e eventuais candidaturas à liderança.
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A decisão, que é justificada com a falta de clarificação da situação política, vai permitir que haja novas moções e eventuais candidaturas à liderança.
A proposta de desconvocação vai ser levada à reunião do Conselho Nacional, marcada para a próxima segunda-feira, no Porto. Esta é a segunda vez que Portas desmarca o congresso do partido por causa da situação política.
Agora não se trata de um adiamento, mas da desconvocação, já que atrasar mais uma vez iria fazer coincidir a nova data com o fim do prazo para o fecho das listas para as candidaturas às autárquicas. Uma coincidência que, segundo fonte da direcção do CDS, é incompatível com a realização do conclave.
A decisão do partido permite reiniciar todo o processo e “é mais transparente”, segundo a mesma fonte: A apresentação de novas moções globais e o aparecimento de eventuais candidatos a líder. Até agora, só Paulo Portas tinha assumido que pretendia recandidatar-se a presidente do CDS. A desmarcação implica ainda a eleição de novos delegados por causa da realização de eleições autárquicas e das alterações que existirão nos dirigentes que ocupam lugares por inerência.
Os órgãos do partido já terminaram o seu mandato no passado mês de Março e vão manter-se em funções até à eleição de novos membros, incluindo o líder. Os dirigentes centristas estarão assim em funções mais sete meses desde que terminaram o mandato assumido no 24º congresso, em Março de 2011.