Ferreira Leite diz que PSD nunca aceitaria que o CDS ficasse com a parte de leão do Governo
Social-democrata afirmou que PSD e CDS “falaram cedo de mais” sobre pensamento de Cavaco.
Ferreira Leite lembrou que o Presidente ouviu muitas pessoas antes de tomar a decisão e isso indicava que não estava já tudo decidido. Sobre o facto de PSD e CDS terem dado a entender que o Presidente já tinha aceitado o acordo de governação que lhe tinha sido apresentado afirmou: “Pelos vistos falaram cedo de mais.”
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Ferreira Leite lembrou que o Presidente ouviu muitas pessoas antes de tomar a decisão e isso indicava que não estava já tudo decidido. Sobre o facto de PSD e CDS terem dado a entender que o Presidente já tinha aceitado o acordo de governação que lhe tinha sido apresentado afirmou: “Pelos vistos falaram cedo de mais.”
Por outro lado, a social-democrata afirmou que “quem conhece bem o PSD sabe que o partido nunca aceitaria” o acordo de governação “em que o CDS fosse a parte forte”. “Não está no ADN [do PSD] que o CDS ficasse com a parte de leão”, acrescentou. Assim como o partido não aceitará um acordo de listas conjuntas às eleições europeias, salientou ainda.
"Do ponto de vista do partido acho que seria uma proposta que não teria a mínima hipótese de ser aceite. Qualquer órgão, num conselho nacional ou num congresso, seria algo de inimaginável o partido aceitar. Da mesma forma que no CDS-PP também não aceitaram a primeira iniciativa do Paulo Portas, da demissão", afirmou, explicando que "os partidos não aceitam tudo aquilo que os líderes dizem que querem fazer, por isso é sempre bom consultá-los antes de essa decisão ser tomada".
Manuela Ferreira Leite recusou ainda a ideia de que este seja um Governo de gestão por o Presidente anunciar eleições antecipadas para 2014. Lembrando que Cavaco Silva poderá mudar de ideias se os partidos se entenderem nesta matéria e levar o Governo até ao fim da legislatura.
“O Governo está na plenitude das suas funções. Não lhe falta lá ministro nenhum.”
A social-democrata também não acredita que Cavaco Silva avance para um Governo de iniciativa presidencial.