PS não aceita apoiar Governo sem eleições
Principal partido da oposição avisa que não apoiará nem fará parte de um Governo sem um novo escrutínio
O Partido Socialista (PS), através de Alberto Martins, contestou, esta quarta-feira, a solução proposta pelo Presidente da República, de “compromisso de salvação nacional” para apoiar o actual Governo. No rescaldo da comunicação de Cavaco Silva, o deputado e dirigente socialista afirmou que o“PS discorda da decisão do Presidente da República de não convocar eleições em Setembro, mas respeitamos o órgão institucional. O PS reafirma que não apoiará, nem fará parte de um Governo sem que os portugueses manifestem democraticamente a sua vontade através da realização de eleições”.
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O Partido Socialista (PS), através de Alberto Martins, contestou, esta quarta-feira, a solução proposta pelo Presidente da República, de “compromisso de salvação nacional” para apoiar o actual Governo. No rescaldo da comunicação de Cavaco Silva, o deputado e dirigente socialista afirmou que o“PS discorda da decisão do Presidente da República de não convocar eleições em Setembro, mas respeitamos o órgão institucional. O PS reafirma que não apoiará, nem fará parte de um Governo sem que os portugueses manifestem democraticamente a sua vontade através da realização de eleições”.
Embora não rejeitando “nenhum diálogo”, Alberto Martins fez uma crítica implícita à proposta de Cavaco Silva ao defender que “esse diálogo não deve excluir nenhum partido político com representação parlamentar”.
A reacção socialista vem no seguimento da linha defendida por estes dias pelo secretário-geral António José Seguro. O líder socialista já antes da crise política defendia a realização de eleições antecipadas. Depois da demissão de Vítor Gaspar e do pedido de demissão de Paulo Portas, Seguro concluiu que o Governo tinha perdido “toda a credibilidade” e avançou mesmo com uma data para as legislativas: 29 de Setembro, ou seja, ao mesmo tempo que as autárquicas.