A missão do pelotão é agora tentar abater Chris Froome nos Alpes
Britânico reforçou liderança do Tour após segundo lugar no contra-relógio de ontem, e já tem mais de três minutos de vantagem sobre Valverde. Rui Costa subiu ao nono lugar
Depois de já se ter mostrado forte nos Pirinéus, Froome mostrou-se nesta quarta-feira inacessível no crono de 33km planos entre Avranches e Mont-Saint-Michel, chegando até a ser o mais rápido nas duas primeiras contagens intermédias. A fazer-lhe sombra na etapa, apenas Tony Martin, bicampeão mundial e vice-campeão olímpico de contra-relógio (entre o campeão Bradley Wiggins e o medalha de bronze Froome), que era o favorito número um, mas que estava bem longe de ser uma ameaça para a geral. Froome foi 12 segundos mais lento que Martin, mas mais importante, ganhou dois minutos a Alejandro Valverde (13.º da etapa), mais 2m03s a Alberto Contador (15.º), os seus mais directos rivais.
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Depois de já se ter mostrado forte nos Pirinéus, Froome mostrou-se nesta quarta-feira inacessível no crono de 33km planos entre Avranches e Mont-Saint-Michel, chegando até a ser o mais rápido nas duas primeiras contagens intermédias. A fazer-lhe sombra na etapa, apenas Tony Martin, bicampeão mundial e vice-campeão olímpico de contra-relógio (entre o campeão Bradley Wiggins e o medalha de bronze Froome), que era o favorito número um, mas que estava bem longe de ser uma ameaça para a geral. Froome foi 12 segundos mais lento que Martin, mas mais importante, ganhou dois minutos a Alejandro Valverde (13.º da etapa), mais 2m03s a Alberto Contador (15.º), os seus mais directos rivais.
“Para o fim, já estava um bocado morto. Mas a minha luta não era contra o Tony e, sim, contra os outros corredores da geral.O meu objectivo era ganhar o máximo de tempo possível e não fiquei desiludido”, confessou Froome, que tem agora 3m25 de vantagem sobre Valverde e 3m54s sobre Contador, que subiu ao quarto da geral. “Espero conseguir guardar esta vantagem nos próximos dias. Será muito difícil segurar a camisola amarela até ao fim”, acrescentou o homem da Sky, que agora terá dois dias de etapas planas antes de reentrar na montanha.
Para Valverde, que ainda é o segundo da geral, o crono desta quarta-feira parece ter dado um tiro mortal nas suas ambições de chegar ao primeiro lugar. “Claro que perder dois minutos é muito. Há o Froome, mas também há outros que lutam pelo pódio e eu estou entre eles. Continuo entre os melhores e recuperar tempo até ao último dia é possível, mas bater Froome será complicado”, reconheceu o espanhol.
A estratégia para os Alpes das equipas dos candidatos parece ser apenas uma, atacar muito, isolar Froome e esperar que ele ceda, algo que já foi tentado com sucesso parcial nos Pirinéus. É verdade que Froome ficou sem companheiros de equipa para o ajudar, mas conseguiu resistir aos ataques. “A táctica é tentar desmontar a Sky. Já conseguimos deixar Froome sozinho, inclusive sem Richie Porte. Acho que o fizemos bem, mas ele está muito forte e não passou por grandes apuros. Temos de fazer muitos ataques. Se ele tiver de responder a todos, talvez chegue uma altura em que fique saturado”, contava ontem ao jornal Marca Imanol Erviti, gregário da Movistar, que não descarta uma aliança com a Saxo de Contador ou com outras equipas contra a Sky.
A fazer um grande Tour continua o português Rui Costa (Movistar), que nesta quarta-feira conseguiu subir uma posição na geral, ocupando agora o nono posto. Costa, campeão português de contra-relógio, partiu com expectativas para o crono individual mas o dia acabou por não lhe correr bem. “Foi um dia em que sofri bastante durante todo o percurso. Tive um furo a 200 metros da linha de chegada e à custa disso atrasei-me ainda mais a cortar a linha de meta. Vinha com umas sensações menos boas e não consegui encontrar o meu ritmo”, reconheceu o português, que foi 42.º na etapa, com mais 3m04s de Martin. Já Sérgio Paulinho (Saxo-Tinkoff), foi 78.º na etapa, descendo para 123.º da geral, a 1h29m05s do primeiro.