Deputado russo publica e apaga tweet a dizer que Snowden aceitou asilo na Venezuela

Governo americano fez ameaças veladas ao país que receber o informador. Paulo Portas explica esta tarde no Parlamento interdição de escala ao avião de Evo Morales.

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Há manifestações de apoio a Snowdem em todo o mundo; esta foi em Berlim Tobias Schwar/Reuters

"Como era esperado, Snowden aceitou a oferta do Presidnete venezuelano Nicolás Maduro sobre o asilo político", escreveu Alexei Pushkov que o jornal venezuelano El Universal cita na manchete da sua edição online e que identifica como "um deputado muito influente".

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"Como era esperado, Snowden aceitou a oferta do Presidnete venezuelano Nicolás Maduro sobre o asilo político", escreveu Alexei Pushkov que o jornal venezuelano El Universal cita na manchete da sua edição online e que identifica como "um deputado muito influente".

Snowden, que Washington acusou formalmente por ter revelado segredos da espionagem americana, está desde 23 de Junho na zona de trânsito do aeroporto de Moscovo, na Rússia, e tinha pedido asilo político a vinte países. A Venezuela era um deles.

No sábado, o Governo de Caracas respondeu ao apelo do americano e anunciou que o recebia. A Nicarágua também tinha oferecido asilo político a Snowden.

O Presidente russo, Vladimir Putin, aceitara que Edward Snowden ficasse na Rússia com a condição de não revelar mais segredos. Quando o americano rejeitou a proposta, pediu-lhe para acelerar a decisão de escolher um destino.

Snowden provocou um incidente diplomático com o Presidente boliviano, Evo Morales. O avião deste foi retido num aeroporto austríaco depois de terem circulado notícias sobre a presença de Snowden a bordo. Os governos de  Portugal, Espanha, França e Itália recusaram, depois, que o avião presidencial fizesse escala nos seus territórios. Embaixadores destes países foram chamados esta tarde ao Ministério boliviano dos Negócios Estrangeiros, onde foram pedidas explicações. Morales - que considerou as interdições de "terrorismo de Estado" - e uma série de chefes de Estado da América Latina, querem saber de onde partiu a notícia de que Snowden estaria no seu avião.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, dará explicações ao Parlamento às 17h desta terça-feira.

A Casa Branca considerou que "a única viagem que Snowden deve fazer é de regresso a casa", o que foi considerado uma forma de pressão sobre os países que lhe ofereceram asilo.

"Ele é um cidadão procurado por crimes graves e deve voltar aos EUA para enfrentar a justiça", acrescentou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, quando foi anunciado que Nicaragua, Venezuela e Bolívia ofereciam asilo político ao antigo espião.

O porta-voz do Departamenro de Estado, Jen Psaki, sendo mais claro, advertiu "todos os países" que não devem receber Snowden. "Temos tido os nossos diferendos com a Venezuela mas também pontos de consenso e esperamos que coleborem connosco neste caso".