Finalista de Arquitectura distinguida com Prémio Excelência na Suíça
Sofia Santos, de 25 anos e natural do Porto, vai integrar a equipa de arquitectos do gabinete de Richter Dahl Rocha
Sofia Santos, finalista da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), venceu o Prémio de Excelência de um projecto da Escola de Hotelaria de Lausana (EHL), na Suíça, que envolveu 385 estudantes de escolas mundiais de arquitectura.
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Sofia Santos, finalista da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), venceu o Prémio de Excelência de um projecto da Escola de Hotelaria de Lausana (EHL), na Suíça, que envolveu 385 estudantes de escolas mundiais de arquitectura.
O projecto da EHL Campus Development Forum/International Students Workshop desafiou estudantes de Espanha, Coreia do Sul, Argentina, Chile, Índia, Estados Unidos, Eslováquia e Suíça, além de sete da FAUP, “a desenhar para alunos” um projecto de expansão das suas instalações. Este prémio “é o reconhecimento de um trabalho que, ainda que individual, envolveu um grupo de alunos e colegas da FAUP e o professor” Nuno Brandão Costa, destacou, em declarações à Lusa, Sofia Santos.
O projecto que desenhou para a ampliação da escola foi distinguido na quinta-feira à noite, na EHL, no âmbito de um encontro entre estudantes internacionais que participaram no programa.
Sofia Santos, de 25 anos e natural do Porto, que venceu no ano passado o Prémio Secil Universidades, vai agora ter a oportunidade de, juntamente com outros três universitários distinguidos nesta iniciativa, integrar a equipa de arquitectos do gabinete de Richter Dahl Rocha, em Lausana, responsável pela elaboração do projecto final de ampliação da escola, cuja execução deverá arrancar em 2014.
Grande responsabilidade
Sofia, para quem esta oportunidade de trabalho na Suíça “é irrecusável”, sentiu esta distinção como uma “grande responsabilidade” por implicar que daqui para a frente tudo o que faça “tenha que ser tão bom como foi até agora”. O projecto que apresentou para a EHL teve em consideração o facto de “existirem diferentes tipos de alunos” naquela escola internacional (80% estrangeiros), projectando assim “diferentes tipos de espaços e de quartos, associados a formas diferentes de habitar”.
“Acho que foi por aí que me destaquei, a diferença fez-se por aí”, sublinhou, explicando que, entre outros espaços, projectou a construção de um hotel de cinco estrelas com 100 quartos, uma residência estudantil com 950 quartos e instalações desportivas (interiores e exteriores).
O professor da FAUP e arquitecto Nuno Brandão Costa, convidado pela EHL e pelo arquitecto Ignasio Dahl Rocha a abraçar esta iniciativa, disse que a atribuição deste Prémio “foi excelente” e que, sendo “bom para a faculdade, não deixa de ser muito bom para a arquitectura portuguesa em geral, que vem-se afirmando sempre”. Nuno Brandão Costa classifica o projecto da estudante como “uma resposta de uma grande simplicidade a um problema complexo”, porque “integra de uma forma muito inteligente os elementos naturais e artificiais existentes (tipografia, vias e edifícios)”.
Explicando que começou a trabalhar com o grupo de sete alunos que convidou para integrar o programa em Janeiro, Nuno Brandão Costa enalteceu a “iniciativa fantástica” da EHL e “pouco provável de acontecer em Portugal”, afirmando que “denota um elevado nível cultural e de filantropia”. Para o professor, Sofia é um exemplo de “como os portugueses chegam a estes sítios e têm capacidade de competir e vencer”, mas os outros elementos do grupo da FAUP “também” saem a ganhar. “Temos todos a noção de que isto foi um processo muito colectivo, muito partilhado e participado”, disse. Os projectos desenvolvidos pelos alunos da FAUP vão traduzir-se na “dissertação de mestrado” de cada um e serão expostos no museu da faculdade, a partir de meados de Novembro, concluiu o arquitecto.