CGTP mantém concentração mas cancela desfile devido a temperaturas elevadas
A exposição directa ao sol deve ser evitada, sobretudo entre as 11:00 e as 18:00, porque pode haver um pico de calor ao fim da tarde.
Perante a previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) “de elevadas temperaturas, considerámos que não devia haver o desfile e apenas concentração junto à residência oficial do Presidente da República, em Belém”, afirmou o membro da comissão Executiva da central sindical.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Perante a previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) “de elevadas temperaturas, considerámos que não devia haver o desfile e apenas concentração junto à residência oficial do Presidente da República, em Belém”, afirmou o membro da comissão Executiva da central sindical.
Inicialmente, estava prevista uma concentração na Rua da Junqueira, junto à Cordoaria Nacional, pelas 15:00, seguida de um desfile até Belém, onde o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, deveria intervir pelas 16:00.
Entretanto, e devido aos alertas da Direcção Geral de Saúde (DGS) e do IPMA, a Intersindical optou por realizar “apenas a concentração” junto à residência de Cavaco Silva, às 15:00.
A DGS alertou hoje que o país está muito próximo de ultrapassar as temperaturas máximas históricas e revelou que o calor já aumentou a procura das urgências hospitalares.
Em conferência de imprensa conjunta entre a DGS e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o director-geral da Saúde, Francisco George, chamou a atenção para o risco de excesso de mortalidade que estas temperaturas podem trazer, sobretudo para idosos com mais de 75 anos e portadores de doenças crónicas.
Para Sábado estão previstos mais de 41 graus em Lisboa, valor que se aproxima do máximo histórico atingido na capital que foram 42 graus em 2003.
Segundo Francisco George, estas temperaturas colocam o país “perto de entrar numa onda de calor, que não foi decretada ainda, mas que a todo o momento pode mudar”.
Por isso, sublinha que de entre todas as recomendações para fazer face aos riscos para a saúde das temperaturas extremamente elevadas, “beber água sem ter sede é absolutamente essencial, assim como ficar em casa em zonas mais frescas e na penumbra, com as persianas corridas”.