Terminou terceiro encontro Passos-Portas

No início da reunião, fonte do gabinete do primeiro-ministro falava em "ambiente muito positivo".

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Pedro Passos Coelho e Paulo Portas Daniel Rocha

Esta foi a terceira ronda de negociações, depois de um encontro na quarta-feira à noite em São Bento e de uma outra reunião na manhã desta quinta-feira na Presidência do Conselho de Ministros, que terá durado menos de duas horas.

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Esta foi a terceira ronda de negociações, depois de um encontro na quarta-feira à noite em São Bento e de uma outra reunião na manhã desta quinta-feira na Presidência do Conselho de Ministros, que terá durado menos de duas horas.

O primeiro-ministro tem encontro marcado com o Presidente da República em Belém às 17 horas.

Luís Marques Guedes, ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, recusou dar pormenores sobre o encontro de Passos e Portas. "Posso confirmar que sei que o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros veio ter aqui à Gomes Teixeira com o primeiro-ministro. Se eles ainda estão no edifício ou não, isso não sei", declarou Marques Guedes, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros desta quinta-feira.

O primeiro-ministro e Paulo Portas tentam encontrar um acordo que permita manter a coligação governamental. Entre as mudanças desejadas pelo CDS está uma reformulação do Ministério da Economia, que os centristas sempre defenderam que deveria ter mais peso no Governo. Ficar com a pasta da Economia é também uma ambição antiga do CDS.

Este é um dos pilares do pacote de exigências do CDS, que inclui novas caras, novas políticas e um novo equilíbrio de poderes na coligação, com o CDS a ganhar mais peso.

Depois da demissão de Paulo Portas na terça-feira, o primeiro-ministro e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros demissionário encontraram-se na quarta-feira à noite.

Segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO, a primeira reunião dos dois líderes partidários centrou-se mais em questões de princípio do que propostas concretas.

Às 17h, o primeiro-ministro será recebido por Cavaco Silva, na habitual reunião das quintas-feiras, não sendo certo que consiga levar a Belém um acordo com o CDS.

A Presidência da República tinha anunciado também para hoje reuniões com os partidos, mas a agenda de Cavaco Silva, revelada a meio da tarde de quarta-feira, não constavam as reuniões com os partidos com representação parlamentar. Fonte da Presidência afirmou ao PÚBLICO que estes encontros acontecerão amanhã.

A crise política agravou-se na terça-feira com a demissão de Paulo Portas, um dia depois da saída de Vítor Gaspar e da escolha de Maria Luís Albuquerque para assumir a pasta das Finanças.

Os mercados reagiram na quarta-feira com uma queda histórica da Bolsa de Lisboa e a subida dos juros da dívida pública até valores próximos dos 8%. Nesta quinta-feira, e perante a possibilidade de o acordo de coligação ser renovado, a bolsa portuguesa abriu em alta e os juros da dívida acalmaram.

Perante a actual crise, a oposição em bloco exigiu a marcação de eleições antecipadas.