Arquivo 237: os bastidores dos objectos
É um arquivo aberto e em transformação. Não é loja e também não é uma galeria. Fica no nº 237 da Rua da Rosa, no Bairro Alto
O Arquivo 273 não é um espaço de todo vulgar e a exposição inaugural “O Processo” denota isso mesmo. Aqui, o que está em exposição é exactamente o percurso do labor artístico, apenas a “visualização conceptual do objecto final”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Arquivo 273 não é um espaço de todo vulgar e a exposição inaugural “O Processo” denota isso mesmo. Aqui, o que está em exposição é exactamente o percurso do labor artístico, apenas a “visualização conceptual do objecto final”.
A criação deste espaço deve-se a João Valente. O próprio afirma: "A ideia base do arquivo é a de voltar a mostrar/apresentar as peças/projectos que todos temos dentro de caixas em casa. Para além disso tem uma componente muito forte de processo e de mostrar um bocado do 'backstage' de cada objecto, como foram feitos, porque foram pensados, ou como devem ser utilizados”.
Durante esta mostra inaugural, aberta ao público desde 6 de Junho, o visitante é convidado a meditar sobre os trabalhos da artista plástica Inês A e dos arquitetos Like Architects.
Também os designers Bruno Carvalho, Gonçalo Campos (Vicara), João Abreu Valente, Mafalda Fernandes, Nuno Farinha, Paulo Sellmayer e Branca Cuvier terão o seu trabalho exposto.
Nuptial Soup by Branca Cuvier
Destaque também para Nuptial Soup, conceito que a jovem designer de jóias portuguesa Branca Cuvier (que já criou para a gigante Lady Gaga, durante um estágio com Lucy MacRae) tem vindo a desenvolver desde 2010 e que apresentou na inauguração.
A criadora por trás de Baguera expõe este projecto sobre a alçada da sua marca homónima Branca Cuvier, caracterizada por peças mais conceptuais que desta vez exploram o potencial do sabão através da lapidação do material. Os dois colares apresentados, o "Bride" e o "Lavadeira", foram criados para serem usados num momento especial, para embelezarem o corpo, “momento esse que acaba por ser tão efémero quanto os próprios colares”.
Algo que não passou despercebido: “O que toda a gente achou mais surpreendente foi a questão do sabão e a ideia de usar o colar para um momento” comenta ainda o responsável. E que novos trabalhos podemos esperar da vencedora do ano passado do concurso POPs na categoria de melhores acessórios pessoais?
“Neste momento na minha marca Baguera estou a trabalhar nas novas peças (ainda não disse a ninguém!): novas carteiras e gravatas para homem! Aliando o meu trabalho "mais conceptual" com a Baguera, também estou a trabalhar em peças produzidas para as bandas Noosa, MØ e New Villager! O que é super entusiasmante! Resolvi entrar em contacto com as bandas - sou completamente 'addicted to music!' - e propus-lhes produzir peças para eles. Todos adoraram a ideia!” “O Processo” estará em exposição até Setembro contando com lançamentos de novos produtos. Ficamos curiosos! Nota: as hiperligações acima referidas não foram confirmadas pelos artistas ou pelo Arquivo 237.