Passos e Portas voltam a reunir-se hoje de manhã

Os líderes dos dois partidos da coligação estiveram reunidos esta quarta-feira à noite.

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O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS-PP e ministro demissionário, Paulo Portas, estiveram reunidos na noite desta quarta-feira em Lisboa, já depois do líder do executivo ter regressado da Alemanha.

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O presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS-PP e ministro demissionário, Paulo Portas, estiveram reunidos na noite desta quarta-feira em Lisboa, já depois do líder do executivo ter regressado da Alemanha.

Não foi revelado nem o local, nem a hora do encontro.

O CDS mandatou o líder do partido, Paulo Portas, para renegociar o acordo de coligação com o PSD. Esta foi a principal conclusão da reunião da Comissão Executiva do partido.

No fim da reunião, Luís Queiró reiterou que decisão de Paulo Portas em se demitir tem uma "natureza irrevogável", usando a mesma expressão que Portas no comunicado em que anunciou a sua demissão do Governo.

Foi também revelado que os restantes ministros do CDS continuam no Governo.

Durante a tarde, em Berlim, onde participou numa cimeira europeia, Passos responsabilizou Portas pela crise política, mas afirmou acreditar que a crise se ia resolver. Ou seja que haveria novo acordo com o CDS.

Em conferência de imprensa no final dos trabalhos dos líderes europeus, Passos reconheceu que existe “alguma ambiguidade” sobre a forma como a coligação que suporta o Governo irá ultrapassar a crise política desencadeada pela demissão de Paulo Portas. Mas quis dar “uma palavra tranquilizadora”, mostrando-se empenhado em encontrar uma “solução política” que não desfaça aquilo que disse ser o caminho dos últimos dois anos de governo. Com que solução se compromete? Sobre isso Passos foi omisso e pediu “compreensão”.

“Não há nenhuma razão para não termos estabilidade política.” “Está nas nossas mãos resolver [a incerteza]", afirmou, considerando que os portugueses estarão assustados com a possibilidade de eleições antecipadas.

"Até hoje, apesar de todas as diferenças, PSD e CDS, os partidos da coligação governamental, têm conseguido colocar o interesse nacional à frente de todas as pequenas divergências, que são naturais entre duas forças políticas diferentes. PSD e CDS têm mostrado ao país que a maioria funciona, tendo Portugal conseguido da troika avaliações positivas e a correcção de desequilíbrios macroeconómicos. Não é agora que vamos pôr isso tudo em causa. Isso não seria compreensível. Não me conformo com essa situação", afirmou.

Paulo Portas ainda não prestou declarações desde que apresentou a sua demissão na terça-feira.

Nesta quinta-feira de manhã, a partir das 8h30, há reunião do Conselho de Ministros e, à tarde, Passos tem uma reunião em Belém com Cavaco Silva.