Jorge Sampaio defende legislativas a 29 de Setembro

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"Estamos num momento de verdadeira emergência nacional", diz Sampaio Miguel Manso

"Estamos num momento de verdadeira emergência nacional. Houve aqui 48 horas de irresponsabilidade e de factos que eu não julgaria possíveis e quem tem responsabilidade de agir tem de agir depressa", defendeu Jorge Sampaio, em entrevista à agência Lusa, num comentário à crise política que se seguiu à demissão de Paulo Portas, líder do CDS-PP, de ministro de Negócios Estrangeiros.

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"Estamos num momento de verdadeira emergência nacional. Houve aqui 48 horas de irresponsabilidade e de factos que eu não julgaria possíveis e quem tem responsabilidade de agir tem de agir depressa", defendeu Jorge Sampaio, em entrevista à agência Lusa, num comentário à crise política que se seguiu à demissão de Paulo Portas, líder do CDS-PP, de ministro de Negócios Estrangeiros.

Para o ex-pPsidente, "é preciso qualquer coisa que clarifique" a situação política do país e "a única maneira são as eleições", uma solução que diz levantar um problema.

"As eleições em Portugal demoram muito tempo até se poderem realizar, infelizmente, e, [por isso, coloca-se] o problema do governo de transição, como já houve em Portugal para preparar eleições. (…) Chegou o momento de pensar seriamente que é preciso uma nova legitimidade que abra caminho para várias soluções políticas de outro tipo", advogou.

"É prematuro [apontar qual a melhor solução para chegar a um governo de transição] porque não sei o que está a acontecer neste momento. Mas é preciso preparar eleições, e depressa, e ter a noção de que, pela primeira vez nestes dois anos, tem de haver um compromisso largo, identificados os temas fundamentais a que temos de dar resposta para a sobrevivência democrática, social, económica e financeira do país", acrescentou.

Paulo Portas, líder do CDS-PP, demitiu-se de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros na terça-feira, um dia depois da saída de Vítor Gaspar da pasta das Finanças, substituído pela secretária de Estado Maria Luís Albuquerque.
Horas depois, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou, numa declaração ao país, que tenciona manter-se como primeiro-ministro.
Na mesma declaração, Passos disse que não aceitou o pedido de demissão de Portas e comunicou a intenção de esclarecer as condições de apoio político ao Governo de coligação do PSD com o CDS-PP e o sentido da demissão do ministro Paulo Portas.