Freitas diz que país está “entregue a um grupo de irresponsáveis”
“O Governo está morto e quanto mais depressa se encontrar outro, melhor”, considera o fundador do CDS.
“Nós estamos entregues a um grupo de irresponsáveis, de pessoas que não sabem o que é governar um país, não sabem o que é a dignidade do Estado e não sabem as regras mais elementares da democracia (...). Não sabem nada, fazem tudo mal”, criticou o histórico dirigente partidário.
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“Nós estamos entregues a um grupo de irresponsáveis, de pessoas que não sabem o que é governar um país, não sabem o que é a dignidade do Estado e não sabem as regras mais elementares da democracia (...). Não sabem nada, fazem tudo mal”, criticou o histórico dirigente partidário.
Diogo Freitas do Amaral assinalou que a declaração que o primeiro-ministro fez terça-feira ao país, após a demissão do ministro centrista Paulo Portas, “revelou um homem que vive fora da realidade e um político com medo de assumir as graves responsabilidades que lhe cabem na dupla crise das últimas 24 horas”.
“O Governo está morto e quanto mais depressa se encontrar outro, melhor”, frisou Freitas do Amaral, adiantando que, se o Presidente da República “não puder ou não quiser formar um Governo de salvação nacional”, que seria a melhor solução para o país, deve convocar eleições antecipadas.
O antigo ministro, que foi também candidato à Presidência da República, assinalou que “em democracia não se pode ter medo de eleições”, afirmando que “é uma perda de tempo” Passos Coelho apelar a Paulo Portas que volte atrás numa decisão que o próprio considerou irrevogável.
“[Passos Coelho] está agarrado ao poder, está com medo de ir para eleições, está com medo de pedir uma moção de confiança ao Parlamento, está com medo de perder o apoio do CDS, está com medo de perder a presidência do PSD e portanto acena para uma solução que teria sido possível há uns meses” , mas não depois de ignorar as posições do CDS e de Portas.
“Andou a humilhá-lo e agora é que vem pedir batatinhas? É tarde”, considerou, acrescentando que, “se o primeiro-ministro continuar a fazer este jogo, o CDS deve solidarizar-se com o seu presidente e romper a coligação”.
Pedro Passos Coelho anunciou que vai manter-se em funções e que não aceitou a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que pediu para sair do Governo menos de 24 horas depois do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ter tomado a mesma decisão.