Durão Barroso espera "clarificação da situação política quanto antes"
Presidente da Comissão Europeia alerta para reacção dos mercados e para "situação vulnerável de Portugal".
Numa declaração escrita, José Manuel Durão Barroso sublinha que, “como já é patente pela reacção inicial dos mercados, existe risco evidente que os ganhos de credibilidade financeira de Portugal sejam postos em causa pela instabilidade política” que se vive no país, na sequência do pedido de demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, líder do CDS-PP, parceiro de coligação do PSD no Governo.
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Numa declaração escrita, José Manuel Durão Barroso sublinha que, “como já é patente pela reacção inicial dos mercados, existe risco evidente que os ganhos de credibilidade financeira de Portugal sejam postos em causa pela instabilidade política” que se vive no país, na sequência do pedido de demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, líder do CDS-PP, parceiro de coligação do PSD no Governo.
“A acontecer tal, seria especialmente grave para os portugueses, nomeadamente porque se anunciavam já sinais de alguma recuperação económica”, adverte. O presidente do executivo comunitário defende que “a situação vulnerável de Portugal exige de todas as forças e líderes políticos um grande sentido de responsabilidade”.
“Esperamos uma clarificação da situação política quanto antes. Confiamos que a democracia portuguesa saberá encontrar uma solução que garanta que os sacrifícios dos portugueses feitos até agora não terão sido em vão”, conclui.
O primeiro-ministro, Passos Coelho, fez uma declaração ao país na terça-feira à noite após a demissão de Paulo Portas de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. Pedro Passos Coelho frisou que não se demitiria do cargo de primeiro-ministro, manifestou-se surpreendido com o pedido de demissão do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e adiantou que iria procurar com o CDS, parceiro da coligação governamental, garantir as condições de estabilidade do executivo. Na segunda-feira o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, também se tinha demitido.