Vale e Azevedo condenado a mais dez anos de prisão

Antigo presidente do Benfica apropriou-se de mais de quatro milhões de euros resultantes da transferência de jogadores do clube.

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O antigo presidente do Benfica está a cumprir pena em Sintra Daniel Rocha

No acórdão lido na 3.ª Vara Criminal de Lisboa, o colectivo de juízes presidido por José Barata considerou João Vale e Azevedo, presidente do Benfica entre Novembro de 1997 e Outubro de 2000, culpado dos crimes de branqueamento de capitais, falsificação de documento, abuso de confiança e peculato.

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No acórdão lido na 3.ª Vara Criminal de Lisboa, o colectivo de juízes presidido por José Barata considerou João Vale e Azevedo, presidente do Benfica entre Novembro de 1997 e Outubro de 2000, culpado dos crimes de branqueamento de capitais, falsificação de documento, abuso de confiança e peculato.

Toda a prova documental ficou feita nas audiências de julgamento, consideraram os juízes, para quem Vale e Azevedo agiu "com dolo" e beneficiou da falta de "controlo e vigilância" no clube para "se apropriar ilegitimamente de verbas para proveito próprio".

Neste processo estavam em causa as transferências dos futebolistas britânicos Gary Charles e Scott Minto, do brasileiro Amaral e do marroquino Tahar El Khalej para o clube da Luz. O acórdão determina ainda que o antigo dirigente benfiquista restitua na totalidade as verbas de que se apropriou nestes negócios, juros incluídos, o que perfaz um montante total de cerca de sete milhões de euros.

A advogada de Vale e Azevedo, Luísa Cruz, anunciou à saída da sala de audiências que vai recorrer desta decisão para os tribunais portugueses e instâncias internacionais.

Extraditado para Portugal a 13 de Novembro de 2012, Vale e Azevedo está a cumprir pena no Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Sintra, depois de lhe ter sido fixado o cúmulo jurídico de 11 anos e meio de prisão no âmbito dos processos Ovchinnikov-Euroárea, Dantas da Cunha e Ribafria.