Governo reforça aposta no ataque ampliado aos incêndios

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Incêndios puseram em perigo vastas áreas de mato Publico (arquivo)

“Vamos manter a aposta no ataque inicial, que tem dado muito bons resultados com 90% dos incêndios resolvidos no ataque inicial, e vamos reforçar o ataque ampliado”, disse Filipe Lobo D'Ávila.

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“Vamos manter a aposta no ataque inicial, que tem dado muito bons resultados com 90% dos incêndios resolvidos no ataque inicial, e vamos reforçar o ataque ampliado”, disse Filipe Lobo D'Ávila.

O governante falava no final da comissão parlamentar de Agricultura e do Mar, onde esteve hoje a prestar esclarecimentos aos deputados sobre o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais.

A aposta do Governo são dez grupos de reforço de ataque ampliado (GRUATA), constituídas por 28 elementos cada, das quais nove são provenientes de várias corporações de bombeiros e uma da Força Especial de Bombeiros.

Estas equipas estão já operacionais e serão accionadas apenas quando os incêndios “atingem determinadas dimensões”, explicou Filipe Lobo D'Ávila.

Os GRUATA são pré-contratualizados localmente e dependem directamente do comandante nacional, que dispõe de 30 minutos para os accionar a partir do momento em que os incêndios atingem as proporções indicadas.

O governante admitiu ainda que na base dos GRUATA está o incêndio que ocorreu o ano passado no Algarve, que causou uma grande destruição e levou vários dias a ser extinto.

Aos deputados, Filipe Lobo D’Ávila frisou ainda a importância do avião C-295M da Força Aérea Portuguesa, que ajudou os bombeiros no combate ao incêndio no Algarve e vai estar novamente operacional este ano.

“Vai ser muito importante para o futuro. O novo avião está disponível e é extremamente relevante para dar informações, para sabermos onde há um grande incêndio e como evolui”, disse o governante, acrescentando que “deu um contributo importante no Algarve”.

O secretário de Estado defendeu ainda que devia ser dada mais atenção à prevenção de incêndios do que ao seu combate, “mas o combate tem um grande impacto mediático e as limpezas das matas não têm esse impacto mediático”, lamentou.

Até Setembro, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais tem no terreno 2.172 equipas de diferentes forças envolvidas, 1.976 viaturas e 9.337 elementos, além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR

Vão estar também disponíveis 45 meios aéreos, a que se juntam o helicóptero Allouete III e o avião C-295M da Força Aérea Portuguesa.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais vai custar este ano 78,5 milhões de euros, o que reflecte um aumento de quase 5% em relação a 2012.