Ministros e secretários de Estado do CDS preparam cartas de demissão
Segundo a mesma fonte, as cartas de demissão estão a ser ultimadas para serem entregues ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que se terá reunido esta terça-feira com todos os ministros do executivo.
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Segundo a mesma fonte, as cartas de demissão estão a ser ultimadas para serem entregues ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que se terá reunido esta terça-feira com todos os ministros do executivo.
Para além de Paulo Portas, estarão de saída do Governo os ministros Assunção Cristas (ministra da Agricultura) e Pedro Mota Soares (ministro da Segurança Social) e ainda os secretários de Estado Adolfo Mesquita Nunes (secretário de Estado do Turismo), Paulo Núncio (secretário de Estado dos Assuntos Fiscais), Miguel Morais Leitão (secretário de Estado adjunto e dos Assuntos Europeus), e Filipe Lobo d'Ávila (secretário de Estado da Administração Interna). Quanto a Vânia Dias da Silva, subsecretária de Estado do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, cai automaticamente com a demissão de Paulo Portas, bem como Francisco Almeida Leite, independente, que ocupa a Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, demitiu-se esta terça-feira em ruptura com as políticas de austeridade decretadas por Pedro Passos Coelho. Para o CDS-PP, está decidido que, com Passos Coelho, não há condições para continuar a coligação com os sociais-democratas.
Um alto responsável do CDS-PP adiantava que o primeiro-ministro demonstrou, no processo de substituição de Vítor Gaspar, a sua "incompetência e incapacidade política", nas palavras de alto responsável do CDS-PP.
Ao que o PÚBLICO apurou, dirigentes nacionais do CDS-PP tentaram demover esta terça-feira de manhã o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, mas Paulo Portas mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o Governo ao fim de dois anos de coligação com o PSD.
“O CDS deixa o Governo, porque já ultrapassou o limite há muito tempo”, declarou uma outra fonte do PP.