Facebook vai reduzir espaços de publicidade para agradar a grandes anunciantes

Empresas não gostaram de ver os seus anúncios numa página de “rapazes giros e homossexuais”.

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Esta é a segunda vez em pouco tempo que o Facebook cede às exigências dos utilizadores Miladen Antonov/Reuters

A gigante do retalho Marks & Spencer, a estação de televisão britânica Sky, a marca de automóveis Nissan e a seguradora norte-americana Nationwide estão entre as empresas que não gostaram de ver as suas marcas em páginas que pudessem afectar-lhes negativamente a imagem. O problema foi identificado quando a Sky promoveu um vale de compra da Marks & Spencer no Facebook e o anúncio foi parar a uma página dedicada a “cute and gay boys”.

Os “rapazes giros e homossexuais” da página, cujo conteúdo se resume a fotografias de adolescentes, não agradaram às empresas, que removeram a campanha e pediram explicações. “Pedimos ao Facebook para elaborar salvaguardas que garantam que, no futuro, o nosso conteúdo não aparece ao lado de material impróprio”, disse um porta-voz da Sky à BBC. Na Marks & Spencer, segundo a BBC, este episódio gerou preocupações “ao mais alto nível”.

O Facebook respondeu nesta sexta-feira e mostrou-se especialmente compreensivo para com os anunciantes. Em comunicado, a equipa liderada por Mark Zuckerberg promete começar já na segunda-feira a seleccionar as páginas e os grupos seguros para as marcas e que vão continuar a ter anúncios. Todos as outras vão ficar sem publicidade.

“Por exemplo, agora vamos procurar impedir que sejam exibidos anúncios ao lado de páginas e grupos que contenham qualquer conteúdo violento, gráfico ou sexual (de conteúdo que não viola as nossas normas comunitárias). Antes dessa mudança, uma página que vendesse produtos para adultos era elegível para ter anúncios do lado direito, agora não”, lê-se na nota do Facebook.

Isto quer dizer que os conteúdos que as empresas não querem ver associados às suas marcas podem estar de acordo com as regras de utilização desta rede social.

O Facebook compromete-se a ter uma espécie de bolsa de páginas e grupos seguros até ao final da semana – ou seja, a fazer em cinco dias uma parte que se considere aceitável de um trabalho que tende para o infinito. “Para ser minucioso, este processo de análise será manual para já, mas nas próximas semanas, vamos construir uma forma mais escalável e automatizada para prevenir e/ou remover anúncios que aparecem ao lado de conteúdo polémico”, adianta.

Esta é a segunda vez em pouco tempo que o Facebook cede às exigências dos seus utilizadores. Há algumas semanas, os contínuos protestos de muitas mulheres sobre uma escalada de conteúdo misógino naquela rede social – com estudantes a criarem grupos de debate, que se popularizaram muito rapidamente, sobre as qualidades das parceiras sexuais – levaram empresas a suspender campanhas que tinham no Facebook, que acabou por agir.

“Como qualquer plataforma digital, não vamos ser perfeitos, mas seremos muito melhores”, diz o Facebook, prometendo “continuar a trabalhar de forma agressiva” com os anunciantes.
 

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A gigante do retalho Marks & Spencer, a estação de televisão britânica Sky, a marca de automóveis Nissan e a seguradora norte-americana Nationwide estão entre as empresas que não gostaram de ver as suas marcas em páginas que pudessem afectar-lhes negativamente a imagem. O problema foi identificado quando a Sky promoveu um vale de compra da Marks & Spencer no Facebook e o anúncio foi parar a uma página dedicada a “cute and gay boys”.

Os “rapazes giros e homossexuais” da página, cujo conteúdo se resume a fotografias de adolescentes, não agradaram às empresas, que removeram a campanha e pediram explicações. “Pedimos ao Facebook para elaborar salvaguardas que garantam que, no futuro, o nosso conteúdo não aparece ao lado de material impróprio”, disse um porta-voz da Sky à BBC. Na Marks & Spencer, segundo a BBC, este episódio gerou preocupações “ao mais alto nível”.

O Facebook respondeu nesta sexta-feira e mostrou-se especialmente compreensivo para com os anunciantes. Em comunicado, a equipa liderada por Mark Zuckerberg promete começar já na segunda-feira a seleccionar as páginas e os grupos seguros para as marcas e que vão continuar a ter anúncios. Todos as outras vão ficar sem publicidade.

“Por exemplo, agora vamos procurar impedir que sejam exibidos anúncios ao lado de páginas e grupos que contenham qualquer conteúdo violento, gráfico ou sexual (de conteúdo que não viola as nossas normas comunitárias). Antes dessa mudança, uma página que vendesse produtos para adultos era elegível para ter anúncios do lado direito, agora não”, lê-se na nota do Facebook.

Isto quer dizer que os conteúdos que as empresas não querem ver associados às suas marcas podem estar de acordo com as regras de utilização desta rede social.

O Facebook compromete-se a ter uma espécie de bolsa de páginas e grupos seguros até ao final da semana – ou seja, a fazer em cinco dias uma parte que se considere aceitável de um trabalho que tende para o infinito. “Para ser minucioso, este processo de análise será manual para já, mas nas próximas semanas, vamos construir uma forma mais escalável e automatizada para prevenir e/ou remover anúncios que aparecem ao lado de conteúdo polémico”, adianta.

Esta é a segunda vez em pouco tempo que o Facebook cede às exigências dos seus utilizadores. Há algumas semanas, os contínuos protestos de muitas mulheres sobre uma escalada de conteúdo misógino naquela rede social – com estudantes a criarem grupos de debate, que se popularizaram muito rapidamente, sobre as qualidades das parceiras sexuais – levaram empresas a suspender campanhas que tinham no Facebook, que acabou por agir.

“Como qualquer plataforma digital, não vamos ser perfeitos, mas seremos muito melhores”, diz o Facebook, prometendo “continuar a trabalhar de forma agressiva” com os anunciantes.