É "impossível" ganhar o Tour sem doping, palavra de Armstrong
Numa entrevista a um jornal francês, o norte-americano que ficou sem os seus sete títulos na prova por causa do recurso a substâncias dopantes é taxativo.
Numa entrevista, a publicar nesta sexta-feira pelo vespertino francês Le Monde, a um dia do início da 100.ª edição do Tour, Armstrong diz que não é o inventor dessa prática e que a corrida francesa “é uma prova de resistência em que o oxigénio é a chave”.
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Numa entrevista, a publicar nesta sexta-feira pelo vespertino francês Le Monde, a um dia do início da 100.ª edição do Tour, Armstrong diz que não é o inventor dessa prática e que a corrida francesa “é uma prova de resistência em que o oxigénio é a chave”.
“Eu não inventei o doping. Simplesmente participei no sistema. Nunca tive medo dos controlos. O nosso sistema era muito simples e não tinha riscos. Davam-me mais medo as passagens pelas alfândegas”, confessou o antigo ciclista, que perdeu as sete vitórias no Tour por recurso a substâncias dopantes.
Na mesma entrevista, Armstrong admite que “nunca” irá conseguir reparar o que fez, mas garante que passará o resto da vida a tentá-lo.
“Fui muito duro com as pessoas. Bater-me sobre uma bicicleta é perfeito. Bater-me fora dela, não. Não distingui as coisas”, admitiu o norte-americano.
Sobre o mais recente escândalo de doping, que envolve um dos melhores ciclistas franceses da última década, Laurent Jalabert, Armstrong considera que o gaulês está a “mentir” quando negar ter recorrido a substâncias dopantes.