Assunção Esteves manda sair reformados que voltaram as costas ao plenário
Grupo de reformados manifestou-se em silêncio nas galerias, em pé, de costas para os deputados, poucos minutos depois do início do debate quinzenal, quando Passos falava.
A acção aconteceu poucos minutos depois do início do debate quinzenal, quando o primeiro-ministro estava a responder ao deputado comunista Jerónimo de Sousa sobre os empréstimos do Estado ao Banif.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A acção aconteceu poucos minutos depois do início do debate quinzenal, quando o primeiro-ministro estava a responder ao deputado comunista Jerónimo de Sousa sobre os empréstimos do Estado ao Banif.
Um grupo de pouco mais de uma dezena de visitantes, aparentemente reformados, levantou-se sem fazer barulho e virou as costas para o plenário, mantendo-se em silêncio. A presidente da Assembleia da República interrompeu então Pedro Passos Coelho para pedir que esse grupo se retirasse. “Por favor, retirem-se. É uma forma de manifestação que não é admissível. Respeitem um Parlamento que é vosso”, afirmou.
Quando a polícia lhes pediu para sair, começaram a entoar a Grândola, Vila Morena. As galerias da sala do plenário estão nesta quarta-feira ocupadas quase pela metade.
Cerca de 40 minutos depois deste protesto em grupo, mais um visitante, da mesma galeria, interrompeu os trabalhos quando Passos estava a falar para António José Seguro, dizendo-lhe para explicar aos portugueses o que estes podem esperar do PS e onde consegue ir buscar dinheiro para fomentar a economia e baixar o défice.
O manifestante gritou então, não para Seguro, mas para o primeiro-ministro que "explique, explique", mas não se conseguiu perceber o que pretendia. Saiu então ordeiramente, escoltado pela polícia.
Os deputados estão também nesta quarta-feira especialmente ruidosos, com a bancada socialista e a bancada social-democrata a gritarem muitos comentários durante as intervenções de Seguro e de Passos Coelho. Assunção Esteves já teve que se dirigir aos deputados, pedindo-lhes que "que diminuam o grau de ruído que hoje se faz sentir na sala".